Berlim tem muitos atrativos a oferecer para seus visitantes. Hoje vou falar sobre o que mais gosto de fazer na ex-Berlim Oriental. Para facilitar vou separar por bairros, creio que assim ficará mais didático. São três os meus bairros favoritos:
1) MITTE:
Vou começar pelo coração de Berlim, o centro (Mitte). Lá estão localizados os principais atrativos da cidade: o Portão de Brandenburgo, o Parlamento, a Ilha dos Museus, o Memorial dos Judeus Mortos, o antigo bairro judeu (Scheunenviertel), a vila de Nicolaiviertel, sem contar os excelentes hotéis, restaurantes e lojas de grife.
Não posso deixar de começar pelo Portão de Brandenburgo, que é muito óbvio, mas nem por isso menos atraente. Além disso ele está bem próximo ao Reichstag (Parlamento), a Pariser Platz toda reconstruída e logo mais adiante ao Memorial dos Judeus Mortos da Europa, que podem ser agregados numa única visita.
O Icônico Portão de Brandemburgo: essa foto foi tirada na época do Hanukkah, então achei interessante a referência bem em frente ao Portão.
São os símbolos de que já falei antes…
(Fonte: Mônica Sayão)
Já que estamos no Portão, não posso deixar de comentar sobre um evento muito interessante na cidade. É o Festival de Luzes de Berlim, que acontece todo ano, em setembro. Os principais monumentos da cidade ficam iluminados, num show pirotécnico de encher os olhos. É só procurar na internet e haverá detalhes sobre esse evento. Você consegue um mapa e sai visitando o que mais interessar, mas há também tours em ônibus que percorrem todo o itinerário.
Portão de Brandenburgo durante o Festival de Luzes. (Fonte: Mônica Sayão)
Os desenhos e as cores vão se alternando. Uau! (Fonte: Mônica Sayão)
Próximo ao Portão está o famoso Hotel Adlon, na Pariser Platz. Hotel cinco estrelas tradicionalíssimo, inaugurado em 1907 e muito destruído durante a Segunda Guerra, foi reconstruído nos moldes do prédio original. Posso dizer que é o Hotel Copacabana Palace dos berlinenses. Se a hospedagem ficar salgada, recomendo entrar no hotel para um café ou drink à tarde no lobby. Pode entrar, sem cerimônia, que será muito bem atendido. Assim será uma oportunidade de conhecer e vivenciar um pouco do hotel.
O icônico Hotel Adlon, na Pariser Platz, tem vista para o Portão de Brandenburgo.
(Fonte: Mônica Sayão)
Entrar no hotel para um drink ou um café é sempre ótima ideia. Se puder se hospedar lá, melhor ainda. Mais central, impossível!
(Fonte: Mônica Sayão)
É na Mitte que está minha praça favorita de Berlim, a Gendarmenmarkt Platz. Ela é linda, e a cada visita volto e suspiro como se fosse a primeira vez. A praça é super cenográfica, com duas igrejas idênticas, uma simetricamente oposta à outra, e com uma bela sala de concertos entre elas (Konzerthaus), onde há ótimos programas para se assistir.
Gendarmenmarkt Platz é linda! A igreja à direita é a Catedral Francesa. No extremo oposto da praça está a Catedral Alemã
(que não pode ser vista nessa imagem) hoje conhecida como a Nova Catedral. Entre elas, a Konzerthaus, no canto esquerdo.
(Fonte: Mônica Sayão)
A Gendarmenmarkt Platz fica ainda mais linda no final do ano, época das feiras de Natal.
Nessa imagem dá para ver a Catedral Alemã e a fachada da Konzerthaus.
(Fonte: Mônica Sayão)
Há vários bons restaurantes na vizinhança e comércio sofisticado na rua ao lado, a Friedrichstrasse. Outra atração na praça é a loja de chocolates mais famosa da cidade, a Rausch Schokoladenhaus, onde vou com frequência. É um lugar muito tradicional em Berlim, com produtos de boa qualidade. A loja é enorme e tem esculturas em chocolate para encantar crianças e adultos. No andar superior há um restaurante/café, que soube ser bom mas ainda não experimentei.
Esculturas de chocolate da Rausch Schokoladenhaus chamam a atenção dos clientes.
(Fonte: Mônica Sayão)
Em termos de museus, Berlim é um paraíso. São muitos e com acervos espetaculares. Uma característica que me chama a atenção é que não são muito grandes. Então dá para ver cada museu numa visita, com calma para poder apreciar.
O conjunto mais importante de museus da cidade fica na Mitte, na Ilha dos Museus, localizada no meio do rio Spree. Lá estão, entre outros, os meus dois favoritos: Pergamon Museum e o Neue Museum. São visitas obrigatória, imperdíveis.
Ilha dos Museus, de cima para baixo, da esquerda para direita: Pergamon Museum (arte romana, grega, persas e babilônicas), Bode Museum (coleção de esculturas e arte bizantina), Neue Museum (arte egípcia), Altes Museum (artefatos gregos e romanos) e Alte Nationagalerie (arte romântica, impressionista e do início do modernismo). Tudo bem próximo, mas independentes.
Parte norte da Ilha dos Museus com o posicionamento deles.
(Fonte: museumsinsel-berlin.de)
Pergamon Museum: o Portão de Entrada do Mercado de Mileto, construído no século II d.C. é uma preciosidade. Há várias outras.
(Fonte: smb.museum)
Neue Museum: o busto de rainha Nefertite (a mais linda egípcia da antiguidade), ficou escondido durante a Guerra para evitar danos.
Este museu tem grande acervo de arte egípcia.
(Fonte: archeologie-online.de)
O bairro judeu também pertence à Mitte. Falei dele no primeiro post sobre Berlim porque é lá que está o antigo cemitério judeu. Passados os horrores da guerra e da divisão da cidade, a região se transformou num lugar bem movimentado, com muitos jovens, lojas alternativas, várias galerias de arte, hotéis e pequenos restaurantes descolados. Hoje é mais conhecido como a área de Hackescher Markt, que no passado foi depósito de palha e de feno fora das muralhas da cidade, pelo risco de incêndio, e hoje reune vários restaurantes, além da estação do trem.
É uma vizinhança para ser descoberta. Caminhar por suas ruas é garantia de surpresas muito interessantes. Uma delas, com certeza, é o Hackescher Höfe. É um conjunto de prédios que possuem oito pátios internos inter-comunicantes. Nesses pátios há hoje muitas lojas de designers locais, de roupas a objetos de arte, de cafés a restaurantes, que valem muito a pena conhecer. É um lugar bem diferente e que mantém uma atmosfera do passado.
Hackescher Höfe é um conjunto de prédios residenciais interligados por oito pátios internos, como esse da imagem.
No térreo há todo tipo de comércio, sempre de marcas bacanas locais.
Fonte: Mônica Sayão)
Há muito mais no antigo bairro judeu. É necessário caminhar para descobrir seus segredos. Eu mesma descobri um café/padaria maravilhoso, que é o Zeit für Brot. Os pães são deliciosos e o “cinnamon bun” (pão de canela) é dos deuses. Virei freguesa!
Quis mostrar o pão de canela do Zeit für Brot para o leitor imaginar a delícia que é isso!
(Fonte: Mônica Sayão)
Minha última recomendação para Mitte é uma visita a Nicolauviertel. É um recanto da Mitte onde Berlim se originou. Não se sabe ao certo a data da fundação da cidade. Como o documento mais antigo encontrado que fala sobre Berlim é de 28 de outubro de 1237, essa data passou a seu considerada a do aniversário da cidade.
O lugar é um charme, parece uma vila do interior, cheia de lojinhas e restaurantes. E o melhor é que fica na margem do rio Spree, com direito à vista da Catedral de Berlim.
A Catedral de Berlim, à beira do rio Spree, vista de Nikolauviertel.
(Fonte: Mônica Sayão)
Nikolaiviertel com sua Igreja de São Nicolau, de 800 anos, que hoje é um museu.
(Fonte: Mônica Sayão)
Assim são as poucas ruas de Nikolaiviertel: um grande charme!
(Fonte: Mônica Sayão)
Nikolaiviertel fica próxima da torre de tv da Alexanderplatz.
(Fonte: Mônica Sayão)
2) PRENZLAUER BERG;
Hoje um dos bairros mais charmosos e valorizados de Berlim, Prenzlauer Berg foi, no passado comunista, um bairro de operários e de estudantes. Por sorte, os bonitos prédios construídos no final do século XIX sobreviveram aos bombardeios da guerra. Mas o governo comunista não se preocupou em fazer a manutenção deles.
Quando outros bairros da cidade tiveram recentemente um boom de inflação imobiliária, artistas migraram para Prenzlauer Berg. Com o tempo, investidores compraram os prédios que foram renovados e hoje estão mais lindos do que nunca.
Claro que o preço do metro quadrado agora é outro, muito caro, e o bairro se transformou em moradia de casais jovens e bem sucedidos com filhos (é verdade, há muitas crianças) e quem mais tiver cacife para morar lá. Eu adoraria, amo esse bairro!
Tudo muito elegante, sem ser pretensioso. Ruas arborizadas, lojas bacanas de estilistas locais, restaurantes interessantes e uma feirinha de rua aos sábados que é excelente, com barracas de tudo e com direito a fundo musical.
Ruas com muitas árvores e prédios restaurados: essa é Prenzlauer Berg. É bem caro morar aqui atualmente.
(Fonte: Mônica Sayão)
Fachadas maravilhosas em Prenzlauer Berg. (Fonte: Mônica Sayão)
A feira aos sábados é um programa ótimo. Há barracas de roupas de outras etnias, de brinquedos e tudo de alimentação.
(Fonte: Mônica Sayão)
Meierei é um lugar ótimo para uma quiche com salada e uma deliciosa torta de maçã.
(Fonte: Mônica Sayão)
3) FRIEDRICHSHAIN:
Confesso que esse é um bairro que, por enquanto, me atrai por dois motivos: a East Side Gallery e o Volkspark.
Sobre a East Side Gallery comentei na coluna “Berlim: o Muro” aqui no Boletim. São 1.300 metros do antigo muro que não foram destruídos, e nele artistas se expressaram com pinturas/grafites fantásticos. Fundamental conhecê-lo!
East Side Gallery.
(Fonte: Mônica Sayão)
O Volkspark é um parque enorme e belíssimo. É um programa bom se o visitante tiver bastante tempo disponível, e/ou estiver com crianças. Ele oferece várias opções de lazer, como lagos, quadras de tênis, pista de corrida etc.
Fora isso o bairro é meio alternativo e que faz sucesso com os jovens e artistas.
Termino hoje mostrando a ponte mais linda de Berlim, que é um dos acessos possíveis a Friedrischain. É a Oberbaumbrücke, um marco da cidade.
Oberbaumbrücke: ponte construída em 1895, em dois níveis.
(Fonte: Mônica Sayão)
“Arquiteta de formação e de ofício por muitos anos, desde 2007 resolveu mudar de profissão. Desde então trabalha com turismo, elaborando roteiros e acompanhando pequenos grupos ao exterior. Descobriu que essa é sua vocação maior.”
“Arquiteta de formação e de ofício por muitos anos, desde 2007 resolveu mudar de profissão. Desde então trabalha com turismo, elaborando roteiros e acompanhando pequenos grupos ao exterior. Descobriu que essa é sua vocação maior.”
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