29 de março de 2024
Maria Helena

De vez em quando nos deparamos com cada figura!

Trump fala com repórteres em seu clube de golfe em Bedminster, Nova Jersey
(Foto: AI Drago / The New York Times)

Há épocas, graças a Deus muitas épocas, em que o mundo se vê abençoado por homens e mulheres de grande força moral e capacidade intelectual que fazem muito bem à humanidade. O mundo, este lindo planeta em que vivemos, passa por períodos benfazejos, sonha com uma vida melhor para seus habitantes e consegue progredir em busca de um futuro tranquilo.
Não são largas essas épocas, nem generalizadas. Ocorrem aqui e ali, mais ali do que aqui… mas ocorrem.
No entanto, de repente, como no poema, não mais que de repente, surgem figuras do arco da velha. O maior perigo é quando o destino as amontoa, em vez de uma figura perversa num momento ou noutro, as infernais aparecem ao mesmo tempo e quase que no mesmo espaço, já que hoje em dia as distâncias encurtaram de modo nunca dantes imaginado.
É aí que a porca torce o rabo…
Estamos entrando numa dessas épocas medonhas. Não adianta fingir que não, o horror está ali na esquina.
Temos como presidente da nação militarmente mais poderosa do mundo um sujeito que se convenceu que é superior aos outros mortais porque estão em suas mãos os códigos das armas nucleares que podem acabar com parte de nosso planeta. Desde que assumiu o poder e perguntou “por que termos essas armas se não as usamos?”, passei a ter medo dele estar buscando um pretexto para se valer de seu poder. Ele não é homem que vá crescer diante da adversidade. Ao contrário, fica cada vez menor. E mais perigoso.
Jogando golfe nos campos da propriedade que ele batizou de Trump National Golf Club, ele acha que basta pousar o taco, pegar a maleta dos códigos, digitar o necessário, e retomar o taco para bater na bolinha que ali ficou, sem balançar, à espera de sua tacada de mestre.
Em sua cabeça despenteada por fora e por dentro, Trump pensa que nada acontecerá em seu paraíso particular.
Repito aqui o que li numa newsletter do The New York Times: “O Sr. Trump é presidente dos EUA e se há um momento no qual uma liderança prudente e disciplinada é imprescindível, esse momento é agora”. Não é batendo com os pés no chão como ele fez na coletiva de terça-feira passada, falando de improviso e usando palavras irresponsáveis, que ele vai conseguir mostrar que deve ser temido por aquele absurdo rei coreano.
Do outro lado de um dos oceanos que banha a América do Trump, está a figura tenebrosa do reizinho, pequena por fora e por dentro, que acredita amedrontar o império americano que herdou de seu avô e de seu pai como inimigo, e que ameaça explodir.
Será que ele não percebeu que do outro lado do Pacífico está um alucinado tão destrambelhado quanto ele?
Será possível que um não tenha medo do outro?
Custo a crer.
Sobretudo custo a crer que ambos não se lembrem da China, do Japão e da Coreia do Sul… Ou os malucos-feiúra pensam que esses países a tudo assistirão calados e inertes?
Fonte: Blog do Noblat

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