7 de dezembro de 2024
Lucia Sweet

Déjà vu: quem se lembra dos falsos dossiers?

Basta de fake news de esquerdopatadas em memorando sem fontes comprovadas supostamente da CIA divulgado por “pesquisador brasileiro“. A imprensa divulga sem verificar a veracidade do que é dito. É por isso que estou tirando férias de fazer comentários no Facebook. Acabou a imprensa livre e de qualidade, com honrosas exceções como o José Roberto Guzzo e o Augusto Nunes, já que a Época detonou o também excelente Guilherme Fiúza.

Compartilho o que escreveu Angelo Fiorini e o texto postado por Joao Victorino: “IstoÉ: Presidente do Clube Militar contesta documento da CIA — A resposta dos militares à divulgação do documento da CIA de 1974, que contesta a imagem do ex-presidente Ernesto Geisel de defensor da abertura política e o acusa de ter endossado a execução de presos políticos, veio por meio do presidente do Clube Militar, Gilberto Pimentel. Ao comentar o material, agora divulgado pelo pesquisador brasileiro da Fundação Getúlio Vargas, Matias Spektor, o general classificou a publicação como “inteiramente fantasiosa”.

Sem citar diretamente o nome do deputado-capitão Jair Bolsonaro (PSL), pré-candidato ao Palácio do Planalto, o general Pimentel disse que a publicação acontece no momento em que ele está em posição privilegiada nas pesquisas eleitorais e que um número expressivo de militares decidiu se candidatar a diversos cargos nas próximas eleições.
Depois de destacar que o documento “não vale um tostão furado”, o general Pimentel afirmou à reportagem que os ex-presidentes Ernesto Geisel e João Figueiredo foram “homens de bem” e que os que viveram este tempo “sabem bem que os objetivos que estabeleceram àquela altura do governo militar não abrigavam esse tipo de ação”. Segundo ele, “a ordem era restabelecer a plenitude da democracia e devolver o poder aos civis”.
Para o presidente do Clube Militar, instituição que costuma ser a voz da categoria, quando o Exército, em particular, e as Forças Armadas são atacadas, declarou que “não se surpreendia” com a divulgação de um documento e que o momento tem a ver com a posição de liderança de Jair Bolsonaro nas pesquisas, sem citar seu nome.
“A oportunidade para mim é clara”, comentou. “Temos agora na liderança das pesquisas para as eleições presidenciais um candidato que surgiu do nosso meio e um grupo expressivo de militares que, democraticamente, nesses dias consolidou a intenção de candidatar-se aos mais variados cargos de governo, desde os municipais, passando pelos estaduais até os federais”, justificou ele, referindo-se à matéria publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo mostrando que pelo menos 71 militares de todos os postos pretendem se candidatar a presidente da República, senador, deputados federal, estadual e vereadores, em 25 Estados e no Distrito Federal. A única exceção é o Acre, mas os militares ainda buscam candidatos no Estado.
O general Pimentel afirmou ainda que, “em relação aos militares, aceitam como fato consumado uma versão cuja fonte e grau de veracidade sequer são colocados em dúvida”. Ele criticou a forma como os militares são tratados. “Hoje, quem tem direito a distorcer os fatos são os bandidos em relação à polícia que os combate, e, ontem, os subversivos terroristas que pretenderam implantar no Brasil uma ditadura do proletariado com relação às forças legais que lhes deram combate”, completou.

Lucia Sweet

Jornalista, fotógrafa e tradutora.

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Jornalista, fotógrafa e tradutora.

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