29 de março de 2024
Colunistas Ligia Cruz

As mulheres e o respeito


A mulherada ainda vai levar muitos anos para conquistar respeito em todas as esferas da sociedade.
Até nas premiações cinematográficas isso é evidente.
Foi enfatizado pelo próprio apresentador do Globo de Ouro de 2019, um fulano metido a engraçadinho fazendo piadinhas provocativas como todos os outros.
Ele foi explícito: neste ano nenhuma mulher foi indicada na direção de filmes.
As mulheres não têm criatividade? Nenhuma conta com roteiristas geniais? Ou é falta de apoio e verbas da indústria cinematográfica?
Mas houve quebra de paradigma neste sentido. O filme que ganhou o prêmio máximo da última edição foi feito com baixos recursos financeiros e elenco sem mega estrelas, “1917”. Ganhou pelo enredo e técnica.
Em apenas um discurso, uma atriz lembrou que as mulheres são maioria nas eleições e devem se lembrar disso na hora do voto.
Nem parece que isso aconteceu na maior economia do mundo, país democrático e de tradição no reconhecimento de direitos civis.
No entanto, a maior honraria feita a uma atriz foi à sua versatilidade na arte de fazer rir, entrevistar e ostentar a bandeira gay.
E daí? O que têm a ver as escolhas pessoais com a luta da mulher pela igualdade de direitos? Uma coisa não se sobrepõe à outra.
Tanto no cinema como em qualquer outro segmento da sociedade a mulher perde quando divide forças.
Se isso acontece no mundo da fantasia, imaginem no mundo real.
Tanto lá como cá continuamos na rabeira do mundo, um passo atrás.

Ligia Maria Cruz

Jornalista, editora e assessora de imprensa. Especializada em transporte, logística e administração de crises na comunicação.

Jornalista, editora e assessora de imprensa. Especializada em transporte, logística e administração de crises na comunicação.

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