Para este ano que chega não tenho muito a dizer, além do que já disse no ano passado. Salvo as saudades de amigos que se foram e de minha filha felina que me deixou ontem com muita dor. Um amor tão gigante que não sei se sentirei outra vez.
Resta a incredulidade do quanto os humanos podem ser maus, perversos e conspiradores. Continuam as batalhas pequenas e grandes de uns contra os outros.
A pandemia e as outras que virão serão as balizadoras de eras de sofrimento para aqueles que precisam de heróis.
Será apenas mais um ano com os mesmos vícios, ganância pelo poder, mentiras e descaminhos. Não se enganem.
Velhas promessas, mais desigualdades sociais, um substituindo o outro para fazer as mesmas coisas com práticas mais requintadas.
Não dá para ter esperanças num país sem respeito às leis. Onde criminosos trafegam impunemente entre os probos, para enriquecer, acumular e aumentar a fila de famintos. Exatamente como há seiscentos anos.
Estou muito negativa, abalada pela dor? Sim é verdade, mas não muda o enredo apesar das minhas frustrações pessoais. É pelo meu país e pela humanidade que sinto.
Não sou o tipo de pessoa que se ilude fácil, não acredito em salvadores da pátria ou heróis. Muito menos em populistas de qualquer nipe. Portanto, 2022 será mais um ano, embora eu deseje a felicidade em pequenas vitórias, a superação e a nova era que muitos dizem que está vindo.
O que pode fazer a diferença é a sua postura diante da vida, sua honestidade para consigo e os demais. E o amor desapegado que pode dar.
Assim mesmo, que 2022 nos ensine como cumprir da melhor forma nossa missão por aqui. Muitos abraços.
Jornalista, editora e assessora de imprensa. Especializada em transporte, logística e administração de crises na comunicação.
