

Temos em circulação, enfim, a grande obra moral destes dois anos de governo Lula: “O Crime do Frei Gilson”. Só dá para acreditar que foram capazes de fazer um negócio desses porque o PT e a sua zona de desconforto aceitam fazer qualquer negócio – mas, ainda assim, sempre é instrutivo ver e rever como eles são na vida real. O resumo desta ópera de baixa categoria está numa proposição objetiva.
O ministro Alexandre de Moraes, seus auxiliares no STF e a esquerda em peso acusam a “direita”, a cada quinze minutos, de usarem as liberdades e direitos constitucionais para espalhar “o discurso do ódio” no Brasil. No mundo das realidades é exatamente o contrário. Não existe ninguém neste país que goste de odiar tanto quanto eles.
A esquerda e os comentaristas não se contentam mais com a sua guerra para exterminar a liberdade de expressão. Também querem acabar, agora, com a liberdade religiosa
Qual foi o crime do Frei Gilson? Foi conseguir 1,2 milhões de ouvintes para uma transmissão às 4 horas da manhã, com a pregação pacífica de valores que são integralmente lícitos, pelo que consta da legislação brasileira: dedicação à família, à religião, às noções básicas de pátria, o respeito aos mandamentos morais, a prática das virtudes elementares e uma atitude conservadora na política. Mas 1,2 milhão de pessoas, sem receber um tostão do Erário e dos bilhões do ministro Sidônio, se levantaram da cama de madrugada para ouvir Frei Gilson. Esse tipo de coisa deixa o PT possesso.
Em primeiro lugar, há sua inveja e seu ressentimento sem controles: acham insuportável ver essa multidão que o frei consegue reunir com uma live, enquanto eles, com Lula, Janja e a mortadela do ministro Sidônio, têm os mais miseráveis desastres de público quando tentam reunir seres humanos em qualquer lugar, a qualquer hora, para fazer qualquer tipo de atividade. Também há, junto com essa concentração de rancor em estado bruto, o medo. O atual guia ideológico da esquerda brasileira, o ministro Alexandre de Moraes, ligou o seu “modo pavor” diante da direita nacional e internacional. A esquerda se liga automaticamente no ministro e Frei Gilson, no entender de todos eles, é hoje um dos maiores perigos para a democracia que estão soltos no planeta.
Os brasileiros com mais de 50 anos talvez se lembrem dos tempos em que se acusava a ditadura militar de “ver um comunista debaixo de cada cama”. Hoje é Moraes, o PT e os “analistas políticos” que enxergam um fascista escondido atrás de cada poste de luz. O ministro, inclusive, se convenceu de quem está por trás disso tudo é Elon Musk, a Space X e as empresas capitalistas que estão na linha de frente da revolução tecnológica. Na sua análise do mundo, eles fazem tudo o que estão fazendo para implantar o fascismo e as ditaduras de direita por toda a face da Terra.
A esquerda atacou Frei Gilson de uma forma tão selvagem quanto a que usa em seus piores momentos de ódio. Pelo crime de ter reunido 1,2 milhão de pessoas para ouvir uma live católica, foi chamado de “safado”, “bandido”, “extremista de direita” e daí para baixo. A esquerda e os comentaristas não se contentam mais com a sua guerra para exterminar a liberdade de expressão. Também querem acabar, agora, com a liberdade religiosa.
Fonte: Gazeta do Povo


José Roberto Guzzo, mais conhecido como J.R. Guzzo, é um jornalista brasileiro, colunista dos jornais O Estado de São Paulo, Gazeta do Povo e da Revista Oeste, publicação da qual integra também o conselho editorial.