Porque, antes de qualquer coisa, são mais inteligentes e espertas – no melhor sentido da palavra esperteza.
(Uma mulher, por exemplo, jamais diria isso: é óbvio demais.)
Costumam ler muito mais (ainda que muitas sejam assíduas frequentadoras de sites de fofocas e páginas de horóscopo, vá lá!) e, por conseguinte, escrevem e falam melhor.
Vêem mais e mais longe. Tudo. Desde distinguir uma gama mais ampla de cores até enxergar uma potencial (e muitas vezes imaginária) rival.
São mais fracas fisicamente, é verdade.
Mas quem precisa de força quando nos derrotam fácil – e ferozmente – com uma promessa, uma dúvida ou um beijo – ou tudo isso junto?
Quando querem usar armamento pesado, proibido pela convenção de Genebra, nos mordem na nuca ou nos arranham delicadamente – como para nos deixar cientes dos seus propósitos.
Ou para delimitar seu território.
(A última afirmativa é mais verdadeira.)
Movem-se sempre com graça, sempre.
Por isso, evitam correr atrás de ônibus, trens do metrô…
Movem-se sempre com precisão.
São leoas caçando nas savanas ou águas-vivas dançando no oceano.
(Podem ser tão mortais quanto. É bom que se diga.)
São seres poderosíssimos, mas podem ser vencidas: chocolate, acompanhado de uma boa massagem e elogios – se possível, sinceros – é kryptonita para elas.
Desconfio que, nas mulheres, a evolução tomou um atalho:
São mais próximas dos felinos que dos primatas – basta ver uma mulher se espreguiçando de manhã.
E quer maior prova de sua superioridade do que o fato de nos aceitarem por perto, mesmo não precisando absolutamente de nós?
E ainda que sirvamos basicamente apenas para exterminar baratas, abrir potes de geléia diet – ô troço difícil, viu?! – , trocar lâmpadas e – last but not least – fornecer orgasmos de qualidade…
Professor e historiador como profissão – mas um cara que escreve com (o) paixão.