20 de abril de 2024
Joseph Agamol

O modo como a Esquerda age exposto de forma didática em dois momentos

Imagem: Arquivo Google – Renova Midia

1 – Ontem me surpreendi quando vi que um conhecido jornalista modificou seu perfil em uma rede social.
Ele incluiu como seu SOBRENOME o palavrão usado pelo presidente Bolsonaro em mais uma de suas declarações – desajeitadas – sobre a Amazônia.
Bolsonaro disse, textualmente, que o “interesse na Amazônia não é NO índio e nem NA p… da árvore, mas NO minério”. (Grifo meu)
Eu já escrevi mais de uma vez que penso que o presidente poderia ter um pouco mais de cuidado com a forma como se expressa. Concordo com as críticas nesse sentido. Mas não é esse o ponto central.
Imediatamente após a fala de Bolsonaro, as redes sociais foram inundadas de críticas, muitas delas já deturpando a frase original, transformando-a em: “ a Amazônia não é DO índio nem DA p… da árvore, é DO minério.”
Perceberam a diferença?
No fato, no real, a fala do Bolseiro enfatiza as verdadeiras intenções de quem finge se interessar pela Amazônia. Expõe de forma clara o jogo de interesses internacional. Pode ser criticada pela forma, nunca pelo conteúdo.
A frase deturpada – e nunca dita pelo presidente – soa raivosa e ressentida, e pode ser lida como uma verdadeira declaração de guerra e menosprezo aos índios e ao meio-ambiente, em prol de um suposto favorecimento aos interesses econômicos representados pelo minério.
Adivinhem qual das versões vai prevalecer?
2 – Mesmo já tendo passado um bom tempo do discurso de Bolsonaro na O.N.U. ainda li textos tentando afrontar a fala do presidente, comparando-a com o “show” do então “ministro” da Cultura, Gilberto Gil, também na O.N.U., em 2003.
Gil cantou uma música do seu repertório, acompanhado ao atabaque pelo então Secretário-Geral.
Segundo o texto que li, foi uma festa, um happening, um acontecimento: o sisudo e empedernido salão da O.N.U. transformou-se num grande palco, num evento de congraçamento, unindo todos os representantes de povos e nações em torno da música brazuca, do nosso gingado e malemolência. O Brasil tem muito a ensinar ao mundo, viu??
Já o tosco do Bolsonaro aproveitou a ocasião para vomitar todo seu ressentimento e agressividade. Tempos sombrios! Como chegamos a esse ponto, gente? Ninguém larga a mão de ninguém!
Essa é a mensagem que se quer passar, amigos e vizinhos.
Nos dois casos, pouca importa o apoio velado ou explícito dado pelos protagonistas, o jornalista e Gil, a regimes totalitários espalhados pelo mundo.
Pouco importa também a situação de milhões de brasileiros ao longo da década de governo esquerdista.
Pouca importa para essa gente que o presidente, apesar de suas falas desajeitadas, faz, em 9 meses de governo, o que não foi feito em 9 anos. Ou em 99.
Pouco importa, para essa gente, que o ministério escolhido seja o melhor dos últimos 30 ou 40 anos.
Na verdade, pouco importam, para essa gente, os pobres e torturados FATOS.
Porque é assim que a Esquerda AGE. Esse é seu modus operandi clássico.
Quando tudo aquilo que realmente É não representa absolutamente nada diante do que PARECE ser.

Joseph Agamol

Professor e historiador como profissão - mas um cara que escreve com (o) paixão.

Professor e historiador como profissão - mas um cara que escreve com (o) paixão.

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