Hoje, ao ver uma imagem de D. Pedro II, lembrei do que dizem Roger Scruton e Theodore Dalrymple sobre preconceito.
Tudo na fisionomia do velho imperador exala bonomia, caráter, sentimentos elevados e personalidade evoluída.
Penso que deve ser extremamente difícil para uma alma verdadeiramente boa ocultar sua natureza: exsuda, transcende, transborda a tal da beleza interior.
O contrário também ocorre: para usar uma expressão bíblica, os “sepulcros caiados” também costumam ser facilmente reconhecíveis.
Façam um teste: tomem um Engov antes, tapem o nariz e dediquem alguns minutos a observar as fotos de algumas personalidades políticas muito em voga recentemente.
Nem vou dizer os nomes: quem me conhece sabe quem são.
A maldade, a ausência de qualquer noção de ética, de caráter, de hombridade, dignidade, enfim, salta aos olhos.
Está esculpido na face como um Mount Rushmore.
Quem vê cara muitas vezes vê coração, sim.
Ou, como dizia uma sábia filósofa conhecida como “minha vó”:
Só de olhar a carocha eu já não compraria nem um ovo cozido dessa gente.
Professor e historiador como profissão – mas um cara que escreve com (o) paixão.