A Última Esperança da Terra é um filme de 1971, protagonizado por Charlton Heston.
O leão Charlton Heston, fotografado em 1955
por Richard C. Miller
Os mais antigos talvez lembrem, mas as gerações mais novas com certeza vão reconhecer sua refilmagem, de 2007, “Eu Sou a Lenda”, com Will Smith. Ambas as versões cinematográficas se baseiam no conto de Richard Matheson, também chamado “Eu sou a Lenda”.
Na história original, há um evento apocalíptico que desencadeia uma mutação na humanidade, transformando todos em vampiros. O sobrevivente – a tal “última esperança” do filme de 1971 -, Robert Neville, é caçado pelos mutantes, que desejam exterminá-lo por considerá-lo o último resquício do antigo mundo extinto.
Sou muito fã de Smith, mas sou ainda mais fã de Charlton Heston – um daqueles leões em forma de homens, da mesma estirpe de Paul Newman, John Wayne e Clint Eastwood. O destino desses homens provavelmente será o mesmo dos leões negros do deserto – dizem que ainda se vê um ou outro exemplar, vagando solitário pelas montanhas do norte da África.
Tudo isso é para dizer que, para mim, cada um dos lutadores que estão ainda em pé no ringue colossal que é o mundo de hoje, lutando contra adversários que fariam os vampiros da história original de Richard Matheson parecerem youtubers fantasiados de ursinhos carinhosos, merece esse epíteto.
A última esperança da Terra.
Que não falhem.
Professor e historiador como profissão – mas um cara que escreve com (o) paixão.