25 de abril de 2024
Colunistas Joseph Agamol

Trump e Stephen King ou: como ganhar corações e mentes

Acompanhem comigo:
Imagem: Google – Leitor Compulsivo (meramente ilustrativa)
No final de 2019, King lançou o livro “O Instituto”.

A trama – ótima, como sempre – falava sobre um grupo de crianças com poderes extrassensoriais que eram aprisionadas em uma instituição (que mais tarde descobre-se pertencer ao governo americano), para serem usadas como armas paranormais.

Ao longo do livro, King espalha várias frases onde fica clara – ou implícita – sua aversão ao governo Trump.

O que, aliás, acontece em outros livros seus publicados após as eleições de 2016.

É assim que acontece. Esquerda e Direita dividem o poder, sazonalmente, nas eleições ao redor do mundo.

Mas não há divisão alguma no campo cultural: o exemplo que citei acima repete-se em áreas como cinema, música e afins. A Esquerda domina inconteste. E nem precisa fazer força. Sabem por quê?

Porque a maioria dos nomes ligados à cultura, artistas, escritores, músicos, jamais se assume como esquerdista. Não precisam. Bastam algumas postagens genéricas no Twitter e Instagram, aderindo à moda politicamente correta da vez e – voilà! – são imediatamente identificados com o Lado Bom da Força.

Sem fazer força.

Sobrando para os conservadores injustamente o papel de vilões – involuntários e sem chances de defesa.

E pergunto mais uma vez: sabem o por quê? Porque conservadores fazem questão de serem assim identificados: músico de direita, escritor de direita… e por aí vai. Tornando artificial e forçado algo que deveria ser natural e orgânico. Da forma que a esquerda faz.

A esquerda ganha eleições porque, antes, ganha corações e mentes. Sem sequer deixar perceber que é um método.

Enquanto os conservadores não aprenderem esse truque, continuarão tornando o que deveriam ser vitórias fáceis em amargas derrotas.

Mas, para isso, é preciso que entendam que os cargos verdadeiramente importantes não são os políticos.

Joseph Agamol

Professor e historiador como profissão - mas um cara que escreve com (o) paixão.

Professor e historiador como profissão - mas um cara que escreve com (o) paixão.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *