Em um dos meus textos sobre o professor Olavo, eu disse que, se o Brasil um país digno desse nome o fosse, seriam erigidas estátuas suas em todos os cantos.
Bobagem minha.
O professor, caso soubesse dessa ideia, a espantaria com um gesto de mão, como quem afasta um mosquito, resmungando:
– e eu lá quero virar estátua, opôra?! P’ra passarim ficar obrando na minha cabeça o dia todo?!Se o fizesse, ele teria razão.
Como quase sempre, aliás.
Eu pensei em escrever mais um texto sobre o professor Olavo hoje, quando ele passou para um plano superior.
Mas eu não poderia pensar em uma melhor homenagem do que a que está sendo involuntariamente prestada, nesse momento, nos pântanos e esgotos morais das redes sociais, pelas criaturas trevosas que os habitam e que deixam fluir sua purulenta inveja.
Saber que esse tipo de pessoas que beiram a inumanidade o odeiam é a maior prova de que o professor Olavo travou o Bom Combate ao longo de sua vida.
Professor e historiador como profissão – mas um cara que escreve com (o) paixão.