Foto: Thorsten Sporrlein
Por exemplo: uma vez topei com uma águia americana numa estrada do Texas.
Ao ver o animal ao vivo, ficaram claros para mim os motivos de sua escolha como símbolo do país: impossível não se impressionar com a altivez, a nobreza, a imponência e a majestade da ave.
Fiquei matutando e lembrei que, na Copa do Mundo de futebol de 2014, o Brasil escolheu como seu símbolo o tatu-bola.
É, o tatu-bola. Bichinho simpático, eu sei. Mas tímido, covarde, cuja única forma de defesa é se enrolar em forma de – hahaha – bola e torcer para que um eventual predador desista de atacá-lo.
O Brasil tem um amplo leque de bichos – e símbolos – nobres, imponentes e poderosos que poderiam ser uma representação do país no torneio: a onça, por exemplo.
Ou a Harpia, uma das maiores águias do mundo, uma ave impressionante com cerca de 2 metros de uma ponta a outra das asas abertas.
O Brasil poderia ser águia.
Mas escolheu ser tatu.
E isso revela muito do nosso país como nação.
São só símbolos, alguns dirão.
Talvez.
Professor e historiador como profissão – mas um cara que escreve com (o) paixão.