Todos bem em minha casa, graças a D’us, assim como tudo bem com os outros moradores do prédio e inclusive os do apartamento atingido. Evacuamos o condomínio e ficamos na rua, por mais ou menos duas horas, aguardando os bombeiros terminarem os trabalhos para termos liberado nosso acesso aos apartamentos.
Durante esse curto período, eu recebi três ofertas de ajuda: o síndico de um dos condomínios vizinhos disse que seu prédio estava disponível para abrigo, um morador de outro condomínio perguntou se queríamos água, café ou agasalho, e um terceiro disponibilizou seu próprio apartamento. Quanto aos moradores da unidade atingida, tiveram, pelo que soube, outros três oferecimentos de lugares onde poderiam ficar até a situação estabilizar.
Eu não sei quanto a vocês, mas são gestos como esses que me levam a vencer um pouco a minha desconfiança inata na espécie humana – e acreditar um pouco mais. Um tiquinho mais.
Nós, humanos, demasiado humanos, podemos pensar que exercitamos nossa maldade de forma quase insuperável. Mas, quando desejamos ser bons, efetivamente BONS, somos invencíveis. Como Pelé e Garrincha juntos. Como Cassius Clay.
Como disse um certo Pregador, há mais de dois mil anos:
“Descobri que não há nada melhor para o homem do que ser feliz e praticar o bem enquanto vive.” (Eclesiastes, 3:12)
Professor e historiador como profissão – mas um cara que escreve com (o) paixão.