Juro. Mas tenho birras bobas e implicâncias absurdas – para parafrasear a frase que Clarice Lispector nunca disse, muito menos escreveu.
Por exemplo: implico e embirro com essa bobagem de chamar o povo americano de “estadunidense”. E implico e embirro fortemente, pois, quem me conhece, sabe do meu amor e admiração pelas Stars and Stripes.
Muito já se escreveu sobre como esse termo, “estadunidense”, é tremendamente inadequado, e não vou reproduzir aqui.
Só acrescento o fato de que foram os Estados Unidos da AMÉRICA a primeira colônia a se libertar de uma metrópole europeia, no caso a Inglaterra.
Os AMERICANOS olhavam para cima, para baixo e para os lados e o que viam eram ainda territórios dominados por Portugal, Espanha, França e a própria Inglaterra.
Natural para os pais fundadores que nomeassem o país nascente como AMÉRICA, sendo “Estados Unidos” apenas a forma como esse país se organizou: uma república federativa.
Portanto, caro militante desinformado ou mal intencionado, não há nenhuma suposta arrogância ou pretenso senso de superioridade quando os americanos se chamam pelo que eles são: americanos.
E não há qualquer quebra da cerviz de um país ao reconhecer isso. Ponto. Porém, acho muito útil quando alguém usa o termo “estadunidense”.
Isto porque o uso dessa palavra tornou-se uma espécie de “assinatura ideológica”.
Apenas ouvir ou ler essa bobagem e já podemos formar o perfil de quem a utilizou.
Um indivíduo tão corrompido pela ideologia que é incapaz de qualquer análise movida pelo bom senso.
Professor e historiador como profissão – mas um cara que escreve com (o) paixão.