Tarcísio Meira, para mim, foi, senão o maior ator brasileiro, pelo menos o único que tinha porte para se destacar internacionalmente, em Hollywoods e Venezas, mas principalmente Hollywood.
E quando falo “porte”, falo em todos os sentidos: porte como ator e sobretudo porte físico.
Tarcísio era da estirpe dos homens de antigamente, talhados em pedra e cortados no aço, da linhagem de um Gregory Peck, de um Cary Grant.
Não que sua nobreza física eclipsasse seu enorme talento: acompanhei sua carreira em inúmeros papéis marcantes, indo do drama de “Irmãos Coragem” à comédia rasgada de “Guerra dos Sexos”, em personagens que ele interpretava com igual maestria.
Mas talvez o maior momento de sua carreira, para mim, tenha sido o desempenho como um dos maiores heróis brasileiros, o imperador Dom Pedro I.
O homem certo no personagem mais certo ainda.
Vá em paz, Dom Tarcísio I – e único.
Professor e historiador como profissão – mas um cara que escreve com (o) paixão.