Uma portaria de 2019 do presidente Bolsonaro proibiu o presidente da Venezuela de entrar no país, antes de a ONU condenar o regime de Nicolás Maduro por crimes de lesa humanidade.
Em 29 de maio de 2023, o presidente Lula recebeu Maduro, em Brasília, num cerimonial de celebração do momento histórico do reencontro de dois companheiros de luta política.
De um lado, o títere, que comanda a Venezuela com mão de ferro e suma arrogância.
Do outro lado, um solto das grades, de volta à volúpia do poder para se perpetuar na bonança.
Após a fraudulenta eleição presidencial venezuelana de 28 de julho, mundialmente repudiada, a fraterna amizade se azedou entre os dois líderes de “democracias relativas”.
Nosso presidente se limitou a repetir que: “Maduro é problema da Venezuela” e voltou ao seu sepulcral silêncio sobre o futuro do regime ditatorial do país fronteiriço.
Em resposta à mensagem ameaçadora ao Brasil de “quem se mete com a Venezuela se dá mal”, coube à diplomacia brasileira, após fracassar nas tentativas de apaziguar os ânimos guerreandi, recuperar o tradicional prestígio do Itamaraty e encabeçar o bloqueio da tentativa da Venezuela entrar no BRICS.
Além do desgastante conflito bolivariano, o boquirroto mandante brasileiro, 4 dias antes do final da eleição americana, se enredou em outra encrenca internacional, ao irresponsavelmente conclamar que: “torço pela Kamala, pois a sua vitória seria um marco significativo para o fortalecimento da democracia nos Estado Unidos”.
Sem se saber ainda qual será o teor da reação republicana ao governo brasileiro, após a sua vitoriosa volta à Casa Branca e controle total do Congresso, a obscuridade domina o futuro do país, com uma inflação galopante e uma economia cada vez mais se afundando num mar de incertezas.
Que Deus proteja o Brasil a reencontrar os dias de sol, voltando nosso maravilhoso pais a brilhar na trilha da ordem e do progresso verde amarelo.
Advogado da Petrobras, jornalista, Master of Compatível Law pela Georgetown University, Washington.