16 de junho de 2025
Ilmar Penna Marinho

O conturbado julho de 2024

A temperatura mundial esquentou no mês de julho…

No 4 de julho, o povo americano comemorou o dia da sua Independência, sem saber ainda qual era a melhor opção para presidir os Estados Unidos nos próximos anos.

No dia 6 de julho, o Brasil perdeu para o Uruguai na Copa América 2024 no grandioso Allegiant Stadium, em Las Vegas, no país-sede da futura Copa do Mundo, em 2026.

Em 13 de julho, o líder do partido republicano, Donald Trump, na tentativa de voltar à Casa Branca, promoveu um grande e belo comício, no Condado de Butler, na Pensilvânia.

De tanto balançar a cabeça, ao discursar, evitou ser vítima da repetição de um atentado. Salvou-se milagrosamente de um tiro. Teve só um leve ferimento na orelha direita.

No dia 21 de julho, o atual presidente americano, Joe Biden, anunciou que desistiria de concorrer à reeleição, deixando o futuro dos EUA na maior especulativa indefinição.

Ao final das férias escolares de julho, restou a reflexão de como avançar para se reconstruir um Brasil melhor e da humanidade continuar ter a esperança da bendita paz mundial.

Quem atentou contra o candidato republicano foi um jovem auxiliar de cozinha.

Sofreu bullying na escola e curtia armas e leituras de teorias de conspiração.

O FBI visitou clube de tiro, frequentado pelo atirador. Concordou que o candidato ficou “a centímetros da morte”, o que o fez faz acreditar ter sido salvo pela “mão de Deus.”

Em 16 de julho, antes de renunciar à reeleição, o candidato democrata Biden admitiu numa entrevista à NBC News, que foi um erro pedir num discurso, às vésperas do fatídico comício, de que era preciso colocar o seu rival no centro do alvo na batalha eleitoral.

A mídia americana não perdoou o confesso “erro” e enfatizou que os incentivos à violência só fazem aumentar a atual polarização política já extrema e o risco de violência futura.

Na contramão dos tempos atuais de prevenção mundial contra o acirramento da violência e a redução da temperatura em campanhas eleitorais, é ultrajante saber que um togado do STJ suspendeu o inquérito policial contra o colunista que escreveu o desumano artigo: “Por que torço para que candidato morra”, que envergonha o jornalismo e a suprema justiça brasileira.

Que Deus proteja o Brasil dos que usam a violência e as perseguições para se manter no poder.

Ilmar Penna Marinho Jr

Advogado da Petrobras, jornalista, Master of Compatível Law pela Georgetown University, Washington.

Advogado da Petrobras, jornalista, Master of Compatível Law pela Georgetown University, Washington.

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