

A temperatura mundial esquentou no mês de julho…
No 4 de julho, o povo americano comemorou o dia da sua Independência, sem saber ainda qual era a melhor opção para presidir os Estados Unidos nos próximos anos.
No dia 6 de julho, o Brasil perdeu para o Uruguai na Copa América 2024 no grandioso Allegiant Stadium, em Las Vegas, no país-sede da futura Copa do Mundo, em 2026.
Em 13 de julho, o líder do partido republicano, Donald Trump, na tentativa de voltar à Casa Branca, promoveu um grande e belo comício, no Condado de Butler, na Pensilvânia.
De tanto balançar a cabeça, ao discursar, evitou ser vítima da repetição de um atentado. Salvou-se milagrosamente de um tiro. Teve só um leve ferimento na orelha direita.
No dia 21 de julho, o atual presidente americano, Joe Biden, anunciou que desistiria de concorrer à reeleição, deixando o futuro dos EUA na maior especulativa indefinição.
Ao final das férias escolares de julho, restou a reflexão de como avançar para se reconstruir um Brasil melhor e da humanidade continuar ter a esperança da bendita paz mundial.
Quem atentou contra o candidato republicano foi um jovem auxiliar de cozinha.
Sofreu bullying na escola e curtia armas e leituras de teorias de conspiração.
O FBI visitou clube de tiro, frequentado pelo atirador. Concordou que o candidato ficou “a centímetros da morte”, o que o fez faz acreditar ter sido salvo pela “mão de Deus.”
Em 16 de julho, antes de renunciar à reeleição, o candidato democrata Biden admitiu numa entrevista à NBC News, que foi um erro pedir num discurso, às vésperas do fatídico comício, de que era preciso colocar o seu rival no centro do alvo na batalha eleitoral.
A mídia americana não perdoou o confesso “erro” e enfatizou que os incentivos à violência só fazem aumentar a atual polarização política já extrema e o risco de violência futura.
Na contramão dos tempos atuais de prevenção mundial contra o acirramento da violência e a redução da temperatura em campanhas eleitorais, é ultrajante saber que um togado do STJ suspendeu o inquérito policial contra o colunista que escreveu o desumano artigo: “Por que torço para que candidato morra”, que envergonha o jornalismo e a suprema justiça brasileira.
Que Deus proteja o Brasil dos que usam a violência e as perseguições para se manter no poder.


Advogado da Petrobras, jornalista, Master of Compatível Law pela Georgetown University, Washington.