29 de março de 2024
Claudio Tonelli Colunistas

O plano engenhoso do STF e Senado

Está ficando evidente demais o plano que o STF, em conluio com o Senado, tentam criar neste momento para mudar o regime político do país, justamente no governo Bolsonaro, que faz oposição a grande maioria dos membros do STF, Senado e Câmara Federal.

Primeiro Rodrigo Pacheco, presidente do Senado, diz que decidir sobre instaurar um impeachment é uma missão “pesada demais” para uma só pessoa, no caso o presidente do Senado, então propõe uma comissão para avaliar a Lei do Impeachment, cujo o presidente é o ministro Lewandowsky, o mesmo que julgou o impeachment de Dilma, mantendo-lhe plenos poderes políticos.

Ainda segundo Pacheco, juristas de renome e agregados, como do ex-senador, Anastasia, de Minas Gerais, fariam parte da comissão.

Então o ministro Luís Roberto Barroso volta com a cantilena do semipresidencialismo, ou parlamentarismo branco, como um dia chamou Rodrigo Maia, ex-presidente da Câmara.

A proposta de Barroso, é que o Congresso possa eleger um primeiro-ministro que terá poderes similares ao presidente eleito popularmente. Barroso acrescenta em sua nota de não seria para agora, para não atrapalhar os interesses já postos em mesa.

Para completar o golpe, Kátia Abreu, senadora conhecida como “a rainha da pamonha”, faz uma convocação, no mínimo inusitada, pedindo audiência no Senado dos diplomatas russo e ucraniano, demonstrando que o Senado brasileiro já atua como intercessor, inclusive de causas internacionais, desmerecendo as relações diplomáticas da Chancelaria brasileira e do próprio presidente Jair Bolsonaro.

Percebem a jogada?

Mudança de regime político sem opinião do povo? Sem plebiscito ou referendo? Mas pode ser que eles mudem de ideia e façam um plebiscito nas malfadadas urnas eletrônicas do TSE, aos moldes de tantas eleições duvidosas, ou que façam como no referendo do desarmamento civil, realizado em 2005, aonde 63% da população não aprovou a mudança no Art. 35 da CF, que tornava proibida a venda de armas para civis.

Claudio Tonelli

Administrador e Consultor de Empresas, ativista político e estudioso de fraude eleitoral.

Administrador e Consultor de Empresas, ativista político e estudioso de fraude eleitoral.

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