29 de março de 2024
Carlos Eduardo Leão Colunistas

Esperneiem mais que tá pouco

Assim como o choro, o esperneio é livre. Pelo menos, por enquanto! Aproveitem.

Gente, confesso que nunca vi tanto esperneio na minha vida. Que me perdoe a direita conservadora mas essa esquerda brasileira é realmente “du…lho”. Cada vez mais sofisticados, os eternos inconformados têm mostrado uma gama de variações de esperneios tão criativa e tão interessante que merecem essa reflexão.

Sempre com o intuito de difamar, desgastar, atacar e agredir o PR, o “Esperneio Rouanet” é aquele protagonizado por seres engajados nas mais variadas modalidades artísticas. O exemplo da hora é o caso do “Jair” que acometeu Rita Lee. “Jair” é a denominação encontrada pela artista para classificar seu câncer pulmonar, felizmente curado. Sorte ser do tipo “Jair”. Se fosse do tipo “Lula”, minha querida, você estaria compondo na agradável companhia dos seus ídolos Chaves e Fidel.

O “Esperneio Fellini” é uma alusão ao grande cineasta italiano que deu origem ao adjetivo “felliniano” que evoca o exuberante grotesco, uma espécie de surrealismo “prêt-à-porter” que limita a compreensão de fatos cotidianos como o discurso de Alckmin e o seu retumbante “Viva Lula”, repetido com exuberância grotesca típica dos traidores de suas próprias verdades.

Já o “Esperneio Parlamentar” é o ballet caricato ensaiado por congressistas em abstinência daquele leite, antes jorrado em irresponsável abundância pelas tetas da pátria para bocas errantes e imerecidas. Personificado pelo saltitante da voz fina, o “Esperneio Parlamentar” voltou às manchetes com a denúncia da compra de Viagra pelas FFAA para tratar Hipertensão Arterial e Fenômeno de Raynaud. Embora não tenha sido empenhada para essa finalidade, esse clássico do SUS trata também a impotência sexual masculina. Infelizmente não age na impotência de caráter, endêmica naquelas Casas.

Ainda tem o “Esperneio Black-tie”, mais refinado, mais impostado, mais retórico, muito embora, hoje, menos velado. Encenado por uma elite que transita desenvolta na Praça dos Três Poderes, coadjuvada por iguais das áreas da cultura, música, arte cênica, por intelectuais e sua versão “pseudo”, além, claro, dos esperneantes da Paulista, Faria Lima e Alto Leblon. Defensores contumazes da democracia e conhecedores profundos do mal e do bem, o “Esperneio Black-tie” tem dado grandes demonstrações, além-mar, de erudição político-eleitoral, emocionando o mundo com sua preocupação com a liberdade muito livre.

Emocionante também é o “Esperneio Eleitoral” e sua preocupação diuturna com Fake news e suas possíveis nefastas consequências no pleito de outubro. O acordo recente e inédito no mundo com o WhatsApp é prova cabal do respeito com a desliberdade.

Enquanto isso, entre variados esperneios, o PR reuniu novamente milhares e juntos aceleraram para Cristo. E o consórcio do mal, esquerda e aquela mídia, se descabela e esperneia ante a capacidade desse homem em arrastar multidões atrás de si. Quinhentas motos? Mil? Um milhão? Qual diferença? Depois de dezessete minutos filmando motos passarem uma atrás da outra, quase 15 quilômetros de rodovia tomada pelos patriotas sobre duas rodas, o número absoluto de participantes só interessa aos desvalidos de honra.

“O miliciano reuniu meia dúzia de gatos-pingados no passeio de moto e deu mais de R$ 1 mi de prejuízo para SP. O falso cristão achou de bom tom passear de moto para comemorar o preço do combustível”.

Hoje comemoramos a Páscoa de Cristo. Portanto, meu caro deputado Paulo Pimenta, embora não acredite, “livre-se de toda maldade, de todo engano, hipocrisia, inveja e toda espécie de maledicência”. 1 Pedro 2-1.

Feliz Páscoa a “todes”.

Em tempo: aquele “du…lho” do primeiro parágrafo é dubarulho, viu gente?

Carlos Eduardo Leão

Cirurgião Plástico em BH e Cronista do Blog do Leão

Cirurgião Plástico em BH e Cronista do Blog do Leão

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