24 de abril de 2024
Colunistas Marco Angeli

Joice no porta malas da história

Deputada protagoniza -entre outras coisas- barraco no Congresso

Joice na minissérie: o porta malas da história

Todos sabem que não é nada bacana ficar chutando cachorro morto.

Nem ficar trazendo à tona o passado de eventuais inimigos que já foram brothers para atacá-los quando nos convém.

Entretanto, como a deputada Joice Hasselman parece ser uma especialista em agir pesadamente desta forma, merece o mesmo tratamento, já que estamos numa suposta democracia.

Na noite de quarta (4), Joice, deputada peso pesado da política tupiniquim, protagonizou um barraco memorável na CPI das Fake News.A roliça senhora atirou pra todo lado, denunciando o funcionamento de um suposto esquema de fake news comandado por Carlos Bolsonaro e, pior, mantido por recursos públicos.

Até power point a danada usou, com prints, acusações de conversas de um suposto ‘Gabinete do Ódio’, existência de sites laranjas e até tabelas de preços por meme.

As acusações fortes são um risco: a grande deputada terá que provar o que fala.

Essa é a parte difícil.

No final, o esperado barraco entre ela e Carla Zambelli, a quem chamou indiretamente de prostituta -metendo até Bolsonaro no enrosco, quando afirmou:

‘Quem me perguntou se você era prostituta foi o presidente’.

Coisa feia, Joice.

Não sei a reação da Carla.

Deve ter ficado assombrada -para dizer o mínimo- com a desfaçatez e ausência total de lealdade da roliça deputada, agora uma inimiga feroz.

O que lhe falta em lealdade, aliás, lhe sobra em ego.

Há tempos, Joice se autoproclamou inventora da Lava Jato -ela inventou tudo- numa minissérie pavorosa onde ela, claro, é a protagonista.

A tal minissérie gloriosa acabou morrendo na praia, um fim sensato para uma porcaria monumental que fatalmente seria motivo de piada.

Coloco aqui, envergonhado, um trechinho para vocês verem.

Encarnando uma espécie de Mata Hari tupiniquim -ou uma Brigitte Montfort mais pesadinha- ela interpreta a si mesma (?), heroica personagem destinada a salvar o país do pau brésil, como diria o afundador de navios Leonardo Di Caprio.

A minissérie nati morta é deplorável.

Assim como a atuação da deputada na vida real, onde esqueceu a quem deve realmente os votos que obteve.

Não foi com vinho branco, lindos olhos e cliques do You Tube, certamente.

Foi grudando no saco de Bolsonaro, a quem hoje ataca com ferocidade inacreditável.

Ora, não se pode sair por aí acusando todo mundo baseado ‘no que se ouviu falar’, levianamente.

Especialmente se forem acusações graves como essa.

Quem iria acreditar, por exemplo, nos comentários de bastidores que afirmam, à boca pequena, que a deputada, no início de carreira como escriba foi ‘alavancada’, digamos, por um certo jornalista conhecido?

Ninguém poderia acreditar porque simplesmente não existem provas, não é mesmo?

E se não existem…são só mentiras.

Fake News, correto?

No filmete, a heróica salvadora da pátria se enfia conspirando dentro de um porta malas de luxe.

Na vida real, como política, foi pro porta malas da história.

De onde não deve sair mais.

Fonte: www.marcoangeli.com.br

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