17 de março de 2025
Alexandre Garcia

Ministério da Gestão corta contrato milionário: fraude ou incompetência?

(Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado.)

Alguns assuntos de interesse de todo mundo, do nosso bolso.

Uma grande empresa milionária – uma empresa de milhões, porque tinha contrato de milhões com o governo – é a mesma empresa que fornecia mão de obra terceirizada para o presídio de segurança máxima, de Mossoró, de onde fugiram dois do Comando Vermelho.

Bom, está sendo investigado que o dono dessa empresa mora numa casinha simples, é um técnico em contabilidade, que tinha R$ 527 no banco e pediu auxílio da pandemia e tem um carrinho velho. E os parentes dele nem sabem que ele era milionário. É o laranja. Aí está sendo investigado.

Quando veio à tona a investigação, o Ministério da Gestão cortou o contrato de R$321 milhões para fornecer mão de obra para todo o governo federal. O TCU também pediu para a Secretaria de Comunicação cortar um contrato de R$200 milhões. É muito dinheiro! E é o dinheiro de onde? Seu, meu. É aquele dinheiro que quando você faz qualquer compra, vira imposto. Você está pagando imposto embutido nas compras. Pois é, como agora a gente está pagando imposto embutido no combustível.

A volta do imposto sindical

Tem mais, tem o famoso imposto sindical, que para não dizer que é imposto, mudou de nome. No governo Bolsonaro era proibido. Não pode exigir que a pessoa que não queira se filiar a um sindicato, tenha que pagar o sindicato. Só que eles conseguiram uma saída, uma emenda nisso tudo, em que a pessoa para não pagar tem que entregar uma carta pessoalmente no sindicato, ou seja, dificultaram, tem filas enormes aqui em Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro, Recife, Bahia, em toda parte. Isso é um absurdo!

Está na hora de dar uma sacudida no Congresso Nacional e parar com isso. Os sindicatos que sobrevivam com os seus filiados, aqueles que quiserem se filiar ao sindicato. Assim como o partido político é a mesma coisa. Os meus impostos vão para todos os partidos políticos, inclusive para aqueles dos quais eu discordo. É um absurdo!
Prioridades do Governo no Congresso

Mas o que acontece? Haddad levou lá no Congresso uma agenda com 25 prioridades. Eu digo que quem tem 25 prioridades, não tem nenhuma. A prioridade deveria ser cortar gastos. O Lula não permite, porque para ele todo gasto do governo é investimento. Com Bolsonaro, o País sobreviveu à pandemia com tudo fechado, sem recolher imposto, sem gerar imposto, com 22 ministérios. Por que tem que ter 39 ministros? Porque se funcionou com 22, funcionava com 12, funcionava com 8. Basta olhar a história da República.

Agora, o governo federal, Haddad, deixa bem claro que para cumprir metas – e não estão cumprindo, a meta de inflação não está sendo cumprida, os juros estão lá em cima porque o governo está cada vez mais endividado, porque gasta mais do que arrecada – é preciso arrecadar mais.
Rombo na previdência do Banco do Brasil

E aí tem mais, tem mais um susto agora. Um ministro do TCU, do Tribunal de Contas da União, autorizou uma auditoria urgente na gigantesca Previ, a caixa de previdência dos funcionários do Banco do Brasil. O ministro Walton Alencar expressou ao pedir gravíssima preocupação, porque só em 11 meses do ano passado deu R$14 bilhões de prejuízo num tal Plano 1 e um baixíssimo rendimento em seus investimentos.

O presidente da Previ é indicado pelo presidente da República, por Lula, e ele é ligado à CUT através da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro.

Fonte: Gazeta do Povo

Alexandre Garcia

Jornalista, apresentador e colunista de política.

Jornalista, apresentador e colunista de política.

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