Nesses longos dias de isolamento dedico pelo menos 1 hora do dia para buscar informações nas redes sociais. Especialmente nas páginas de médicos que, por incrível que pareça, antes e após turnos de nove horas muito tensas, entram no Twitter para informar seus seguidores e compartilhar dados relevantes sobre a pandemia.
É impossível listar aqui todos os nomes, nacionalidades e local de atuação de cada um. Eles são muitos! Mais de centenas. Talvez milhares de profissionais de saúde, médicos e enfermeiros de todo mundo.
Alguns, cujas páginas virtuais visitei desde o início do isolamento, muito tem me ajudado a entender a veloz expansão do contágio do coronavírus.
Com eles aprendi, desde o inicio da quarentena, formas adequadas de proteção individual que, na verdade, garantem menor possibilidade de contágio entre pessoas mais próximas e com atendentes dos setores de serviços-farmácia, mercado, etc. que as vezes temos contato.
Sempre que visito as páginas virtuais dessas pessoas extraordinárias, faço questão de agradecer, deixar meu sincero MUITO OBRIGADO! na língua de cada um deles, por tudo que estão fazendo para atender e confortar quem está sofrendo dentro das enfermarias e aqueles que em seus lares recebem informação direta e objetiva, sem a afetação midiática e alheia às intrigas políticas e bate-bocas entre leigos que acham que uma catarse virtual muda o rumo das coisas.
Não muda, só alimenta a fogueira das vaidades.
Assim como sigo o site do Ministério da Saúde e acompanho as notícias e atualizações de dados do John’s Hopkins Hospital, acompanho também nas redes sociais alguns médicos e profissionais de saúde mundo afora.
Hoje, tive a alegre surpresa de ler no site da CNN, uma matéria sobre o Dr, Ali Raja, a quem sigo e consulto diariamente e outros médicos atuantes na linha de frente do combate ao coronavírus.
“Ali Raja, de Nova York (CNN Business), passa seus turnos de nove horas na sala de emergência do Hospital Geral de Massachusetts, tratando ferimentos a bala, tornozelos torcidos, ataques cardíacos e agora um número crescente de casos de coronavírus.
Mas antes que o médico de emergência avance para o seu longo turno e depois que termina, ele entra no Twitter, geralmente por pelo menos uma hora por dia.
Raja, que também é vice-presidente executivo do departamento de medicina geral de emergência da Mass General e professor assistente da Harvard Medical School, usa o Twitter para compartilhar informações sobre o coronavírus, também conhecido como Covid-19, incluindo equipamentos de proteção individual para profissionais médicos, Informa da importância do distanciamento social, para seus 57.000 seguidores e se dispõe a aprender com outros profissionais médicos.
“No momento, o Twitter é a melhor maneira de obter informações médicas”, disse Raja à CNN Business. “Devido ao fato de todo mundo ter voz (nas mídias sociais), é muito fácil as mensagens alarmistas ganharem força. Temos que estar constantemente vigilantes em tentar controlar esse pânico e espalhar uma mensagem diferente”.
Na língua de TODOS os heroicos profissionais de saúde mundo afora, agradeço o conforto que me trazem e que se traduz em equilíbrio emocional para enfrentar tempos tão difíceis.
Artista visual. Participou da exposição Opinião 65 MAM/RJ. Propostas 66 São Paulo, sala especial “Em Busca da Essência” Bienal de São Paulo e diversas exposições individuais no Brasil e no exterior. Foi diretor dos Museus da FUNARJ, Secretário de Estado de Cultura do Rio de Janeiro, diretor do Instituto Nacional de Artes Plásticas /FUNARTE e outras atividades de gestão pública em política cultural.