18 de abril de 2024
Adriano de Aquino Colunistas

Civilidade

Acabo de terminar uma viagem de Metrô do Centro ao Leblon. Fiquei impressionado com os avanços da cultura digital. A tecnologia celular fez em poucas décadas o que a cultura analógica não realizou em séculos.

Um respeitoso silêncio comunal durou toda a longa viagem.

Os passageiros – todos – jovens,velhos e fedelhos permaneceram todo trajeto comungando com seus celulares.

Foto: Google Imagens – Dicas Nova York

O meu vagão parecia uma catedral futurista móvel sobre os trilhos, ao som da cadencia harmoniosa do ‘órgão’ de toneladas de aço rolando sobre aço.

Me lixo para aspectos formais ou manifestações de gentileza dos jovens oferecendo assento aos mais velhos.

Troco essa firula do convívio social pelo silêncio.

O silêncio guarda grande beleza. Além, é claro, de restringir o falatório estridente e exuberante, tão característicos dos lugares públicos do Rio de Janeiro.

A cultura digital, ao contrário do que os excitados ‘presencialistas’ afirmam, está humanizando o carioca.

Uma verdadeira maravilha!

Adriano de Aquino

Artista visual. Participou da exposição Opinião 65 MAM/RJ. Propostas 66 São Paulo, sala especial "Em Busca da Essência" Bienal de São Paulo e diversas exposições individuais no Brasil e no exterior. Foi diretor dos Museus da FUNARJ, Secretário de Estado de Cultura do Rio de Janeiro, diretor do Instituto Nacional de Artes Plásticas /FUNARTE e outras atividades de gestão pública em política cultural.

Artista visual. Participou da exposição Opinião 65 MAM/RJ. Propostas 66 São Paulo, sala especial "Em Busca da Essência" Bienal de São Paulo e diversas exposições individuais no Brasil e no exterior. Foi diretor dos Museus da FUNARJ, Secretário de Estado de Cultura do Rio de Janeiro, diretor do Instituto Nacional de Artes Plásticas /FUNARTE e outras atividades de gestão pública em política cultural.

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