18 de abril de 2024
Adriano de Aquino Colunistas

A turma de segunda do STF decidiu: Sergio Moro é suspeito

Quem suspeitava do STF, agora tem certeza.

Empresas de comunicação decidiram que os médicos que receitam tratamento precoce contra a Covid-19 são suspeitos.

As vitrines das empresas de comunicação, seus comentaristas e especialistas convidados já definiram os suspeitos, responsáveis pelo número de contaminados e mortos pela Covid-19

A Universidade Johns Hopkins, que monitora a Covid-19 em todo mundo, aponta o Brasil como o país com maior contingente recuperados, após infecções pelo novo coronavírus.

A CNN divulgou. Ficou só nisso!

Entretanto, esse entrevero não consegue apagar a pergunta: Quem são os suspeitos responsáveis pelo êxito brasileiro no tocante aos milhões de recuperados da Covid-19?

Parece que esse dado, de extrema importância, é irrelevante para jornalistas e especialistas de algumas empresas. de comunicação.

É mais sensacional falar de mortes, e apontar suspeitos, do que abrir uma perspectiva de debate honesto sobre os fatores que fazem o Brasil ser líder mundial em número de pessoas infectadas que se recuperaram da doença.

No ramo do negócio da comunicação as coisas são projetadas para dar lucro.

É muito arriscado para o negócio abrir pauta para a análise dos fatores que fazem o Brasil ter o maior número de pacientes recuperados da Covid-19.

Será, por natureza, o brasileiro o povo mais saudável e resistente do planeta? Não descarto essa hipótese.

Haja vista a grande variedade de mazelas há séculos impostas ao povo e ele continua insistindo em sobreviver.

Insistir em sobreviver deve ser uma banalidade que não imprime lides sensacionais.

Tudo parece indicar que para os editores do conglomerado de mídia, o brasileiro comum tem mais valor quando morre.

Aí, eles se sensibilizam até a medula.

E, convenhamos, pesquisas e debates midiáticos podem chegar a algumas revelações dos milhões de recuperados, levantar verdades inconvenientes e conclusões que confrontem as diretrizes editoriais das empresas de comunicação.

Vai que grande parte do contingente de recuperados, se consultados, revelem que fizeram uso de panaceias medicinais há meses consideradas suspeitas pelos donos do negócio da comunicação.

Adriano de Aquino

Artista visual. Participou da exposição Opinião 65 MAM/RJ. Propostas 66 São Paulo, sala especial "Em Busca da Essência" Bienal de São Paulo e diversas exposições individuais no Brasil e no exterior. Foi diretor dos Museus da FUNARJ, Secretário de Estado de Cultura do Rio de Janeiro, diretor do Instituto Nacional de Artes Plásticas /FUNARTE e outras atividades de gestão pública em política cultural.

Artista visual. Participou da exposição Opinião 65 MAM/RJ. Propostas 66 São Paulo, sala especial "Em Busca da Essência" Bienal de São Paulo e diversas exposições individuais no Brasil e no exterior. Foi diretor dos Museus da FUNARJ, Secretário de Estado de Cultura do Rio de Janeiro, diretor do Instituto Nacional de Artes Plásticas /FUNARTE e outras atividades de gestão pública em política cultural.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *