25 de abril de 2024
Adriano de Aquino Colunistas

A imprensa e a realidade

Os veículos de imprensa da banda ocidental do planeta, sobretudo as ricas e outrora poderosas empresas privadas de comunicação e entretenimento, todos os anos ostentam os ‘eleitos’ do ano para estampar nas capas das suas publicações.

Imagem: Google Imagens – Espaço Vital (meramente ilustrativa)

Milhões de pessoas admiram essas escolhas por motivos particulares mais do que propriamente importantes, se comparados às graves questões silenciadas na grande imprensa que afetam a vida política e o dia a dia dos habitantes do planeta.

Para mim, esse tipo de eleição é uma reminiscência decadente dos tempos ‘pré Internet’ quando os senhores da comunicação ostentavam poder semelhante ao dos Xoguns do antigo Japão.

O que merece destaque, no final do ano que marca a maioridade do Século XXI, é a complacência de certos editores da grande imprensa no tocante aos regimes que cerceiam a liberdade de indivíduos, não apenas jornalistas, mas pessoas que se manifestam nas ruas, nos blogs e nas redes sociais contra a mordaça que membros do poder político/institucional tentam impor à sociedade.

O que Cuba, China, Coreia do Norte, Venezuela e outros regimes totalitários fazem contra seus opositores deve ser todo dia exposto ao mundo para que iniciativas embrionárias de censura, como manifestadas pelo ativismo de alguns membros do STF, que, sob o manto ‘em defesa da democracia’, temam ousar contra a liberdade de opinião e o trânsito de ideias na sociedade brasileira de modo que, suas pérfidas intenções, sejam previamente abortadas.

Se hoje há algo a se destacar, e que merece grande visibilidade midiática, é a determinação e coragem de pessoas enclausuradas por denunciarem o arbítrio de regimes autoritários.

Essas são as pessoas do ano, do século e do mundo que merecem todo respeito e solidariedade das sociedades livres.

Essas pessoas são faróis que advertem o navegante contra os perigos das rochas ocultas pelas marés, que banham as ambições dos déspotas. Os maiores Carcereiros do Mundo.

Essa é a capa que reveste a ambição dos déspotas e submete a liberdade dos povos aos seus domínios

Adriano de Aquino

Artista visual. Participou da exposição Opinião 65 MAM/RJ. Propostas 66 São Paulo, sala especial "Em Busca da Essência" Bienal de São Paulo e diversas exposições individuais no Brasil e no exterior. Foi diretor dos Museus da FUNARJ, Secretário de Estado de Cultura do Rio de Janeiro, diretor do Instituto Nacional de Artes Plásticas /FUNARTE e outras atividades de gestão pública em política cultural.

Artista visual. Participou da exposição Opinião 65 MAM/RJ. Propostas 66 São Paulo, sala especial "Em Busca da Essência" Bienal de São Paulo e diversas exposições individuais no Brasil e no exterior. Foi diretor dos Museus da FUNARJ, Secretário de Estado de Cultura do Rio de Janeiro, diretor do Instituto Nacional de Artes Plásticas /FUNARTE e outras atividades de gestão pública em política cultural.

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