29 de março de 2024
Adriano de Aquino Colunistas

A Ciência Venceu!

O mote, expressado por celebridades vacinadas e amplamente divulgado nas mídias, revela o súbito ‘ardor’ da elite brasileira pela ciência.
Antes da gripe chinesa, tamanho ardor científico era desconhecido por nós.
É possível que a gripe espanhola tenha revelado na ocasião o mesmo sentimento para com o conhecimento científico.
Porém, naquela época, não havia redes sociais e a grande imprensa era restrita aos jornais impressos que atendiam um contingente de poucos letrados e à pequena parcela do povo que em 1918 tinha posses para comprar rádios e ter condições especiais para consumir noticias internacionais.
Hoje, relatos científicos e métodos de combate à gripe chinesa são abundantemente debatidos por ‘especialistas’ de TV.
Os calorosos debates nas redes sociais mostram que a gripe chinesa inaugurou no país um fórum científico permanente.
‘Especialistas’ de sindicatos, funcionários públicos nas repartições ‘home office’, professores ‘on line’, rentistas opinativos, confortavelmente instalados em seus lofts de luxo, assumiram com fervor suas aptidões científicas e proclamam para a plebe ignara como ela deve proceder para evitar o contágio da peste chinesa.
Vez por outra aparece nas redes sociais um popular que mete o bedelho nas determinações das autoridades e responde a uma ‘investigação’ jornalística com uma verdade inconveniente que irrita os ‘bem’ pensantes.
Porém, explica objetivamente – na lata – porque o país ocupa há décadas – bem antes da gripe chinesa – os piores índices globais em educação e conhecimento científico.
Adriano de Aquino

Artista visual. Participou da exposição Opinião 65 MAM/RJ. Propostas 66 São Paulo, sala especial "Em Busca da Essência" Bienal de São Paulo e diversas exposições individuais no Brasil e no exterior. Foi diretor dos Museus da FUNARJ, Secretário de Estado de Cultura do Rio de Janeiro, diretor do Instituto Nacional de Artes Plásticas /FUNARTE e outras atividades de gestão pública em política cultural.

Artista visual. Participou da exposição Opinião 65 MAM/RJ. Propostas 66 São Paulo, sala especial "Em Busca da Essência" Bienal de São Paulo e diversas exposições individuais no Brasil e no exterior. Foi diretor dos Museus da FUNARJ, Secretário de Estado de Cultura do Rio de Janeiro, diretor do Instituto Nacional de Artes Plásticas /FUNARTE e outras atividades de gestão pública em política cultural.

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