28 de março de 2024
Walter Navarro

O “Le Monde” é o mesmo outro lado da Folha de São Paulo


Minha adorável, suculenta, misantropa e eremita Adria Castro, qual Zorro e me “marca” aqui no Face; me enviando uma “petite” provocação, uma pequena “provocation”.
Ela só não sabe que eu sei que o famoso cotidiano francês, #LeMonde, é uma bosta tão quente e fedorenta quanto à Folha de São Paulo e similares. Não é confiável só porque escreve bonito em francês e tem tradição. Como a Folha.
Adria diz que “Essa confusão pública do #BolsoKid, que deveria ser resolvida dentro do Executivo, ganha espaço na imprensa internacional”.
Foda-se! A imprensa francesa sempre elogiou Lula e hoje nem sabe quem ele é. Vai ver, nem sabe que está preso, Babacas!
Há muito, minha querida e linda França está derretendo como uma Notre Dame de chumbo.
Se a França não foi o país da “Liberté Egalité Fraternité” nem na Revolução Francesa, em 1789, hoje, passa nem perto: “desolé et tant pis. Hélas!”.
No mais, a França, literalmente em chamas, tem problemas muito mais sérios dentro de suas fronteiras. Para começar, a classe média está virando baixa e passando fome.
Daqui 30 anos ou muito menos, a França, como outros vizinhos, será muçulmana.
E para entrar no mundinho do “Le Monde”, se a imprensa aqui está contaminada pelo esquerdismo, na França, ela é dos bilionários que colocaram um bobo alegre, bonitinho, mas ordinário, na presidência, Emmanuel Macron.
Adria cita trecho de matéria publicada no “Le Monde”: “Em seu escritório, com os olhos vermelhos pelo cansaço, o militar da reserva descarta os ataques do filho de Bolsonaro, considerados por sua equipe como problemas psiquiátricos”, diz ‘Le Monde’.
Na entrevista, Mourão relata que Carlos Bolsonaro não o conhece. ‘Ele nunca se sentou comigo para conversar’, completa o vice-presidente. Mourão disse ainda ao vespertino que não ‘desempenha um papel importante’: ‘eu sou um auxiliar, não sou um agente moderador, nem um intérprete do presidente’, assegurou.
Hamilton Mourão confirma sua adesão de 100% ao líder da extrema direita brasileira e chega a minimizar os numerosos problemas dos 100 primeiros dias do governo Bolsonaro. ‘A situação não é assim negativa. São problemas, é verdade, mas a maioria das pessoas que critica Bolsonaro não se dá conta que ele teve problemas de saúde seríssimos.
Essas coisas ligadas ao Twitter, a seus filhos, são de menor importância, fazem parte da aclimatação do governo’ insistiu o general da reserva”.
Primeiro, “olhos vermelhos” não são exclusividade do cansaço. Pode ser cachaça, maconha, choro. No caso de Mourão com certeza é outra coisa. Inclusive cansaço dos flashes e de dar entrevistas, kkkkkkkkkkk.
Segundo, a equipe do Mourão é composta por médicos, para definir Carlos Bolsonaro como portador de “problemas psiquiátricos”?
Terceiro, Mourão pode “não desempenhar um papel importante”, mas nunca na História deste país um vice falou tanto, com tanta autoridade. Ainda bem que é um “gentleman”, fala bem, é culto, experiente e inteligente. Não é Sarney, não é Itamar e muito menos Temer.
Quarto, “líder da extrema direita é a mãe e a vovozinha”! Extrema direita tem a França, com o nome de Marine Le Pen, sucessora de seu pai, o fundador da Frente Nacional, Jean-Marie Le Pen, que perdeu um olho na Guerra da Argélia, ex colônia francesa.
A imprensa francesa, dominada “pelazelite”, odeia Marine Le Pen, como odeia Trump e agora, Bolsonaro.
“Bizarre” é que a imprensa francesa, a França e os franceses cagam e andam pelo Brasil.
São “tchuchucas” com a China e a Arábia Saudita, vendem bilhões em armas para a África miserável que ajudaram a afundar e, em vez de caçarem terroristas, preferem bater em manifestantes, os Coletes Amarelos, cada vez mais à margem no sexto país rico do mundo.
Enquanto no Brasil a grande imprensa é 100% contra Bolsonaro e pró Lula, a grande e poderosa imprensa francesa está na mão de oito grupos bilionários e adora o fantoche que elegeram, Macron.
Antes de ser presidente, Macron era rico, ficou mais rico trabalhando no sistema financeiro e emprestando dinheiro do governo para os ricos. Macron foi ministro, pasmem, do último presidente socialista, o tarado e bobão François Hollande.
Enquanto outros ex-presidentes, como Jacques Chirac e François Mitterrand, levaram 30 anos para chegar ao poder, o desconhecido Macron, com o apoio maciço da imprensa, chegou lá em 17 meses.
Quem é o “patrão” do “Le Monde”? Xavier Niel que fez fortuna com a putaria, com uma pré Internet, o famoso e saudoso Minitel Rose; depois, como proxeneta, cafetão, rufião mesmo. Uma vez milionário, foi lavar dinheiro e reputação como Poderoso Chefão do venerando “Le Monde” e de outras revistas bem famosas, como a “Télérama”, que eu adorava e até assinava.
Com quem é casado Xavier Niel? Com Delphine Arnault, filha de Bernard Arnault, o homem mais rico da França, com 80 bilhões de euros; a quarta fortuna no mundo. Arnault é ninguém menos que o dono, por vias sinistras, da LVMH, grupo que reúne a Louis Vuitton e mil outras marcas de luxo.
Arnault, o Homem de 80 bilhões de euros, foi quem doou 200 milhões para a reconstrução da Notre Dame, entre outros fraudadores do fisco, todos “amigos de infância” de Macron.
Precisa falar mais? Ligaram os pontos? Querem desenho?
Então, só mais uma coisinha. Durante a campanha, Macron ganhou 16 capas da revista mais popular da França, “Paris Match”, a “Caras” de lá, cujo lema é “o peso das palavras, o choque das imagens”.
De quem é a “Paris Match”? Do débil mental bilionário, Arnaud Lagardère, que está afundando o império de seu falecido pai, Jean-Luc Lagardère, grande capitão de indústria francês, que também atendia pelos nomes de Airbus e Hachette, a editora gigante!
Quem comprou a mansão da viúva de Lagardère, a brasileira Bethy? Bernard Arnault, só pra provocar…
Airbus… AeroLula… lembram?
Macron “deu” 100 milhões de euros para as dificuldades de Arnaud Lagardère e está nas mãos dele, que praticamente chantageou o presidente francês. Mas antes, Lagardère ajudou o amigo dos amigos; “plantou” paparazzi, para fotografar Macron e sua mulher Brigitte, muito mais velha que ele – e isso é outra história cabeluda ou raspadinha – na praia, entre outras situações e cenários simpáticos.
Fez isso com a ajuda de Mimi Marchand, a bruxa, Rainha dos Paparazzi franceses. Durante a eleição, pintou um boato de que Macron era gay. Mimi prontamente ficou amiga de Brigitte e assegurou que barraria qualquer foto comprometedora de seu marido, Emmanuel Macron, agindo no lusco fusco de Montparnasse…
É esta imprensa que chama Bolsonaro de extrema direita e seu filho de louco. Carlos Bolsonaro pode até jogar pedra em avião da Airbus, mas este rótulo não cabe à equipe de Mourão.
Vai ver, Carlos Bolsonaro é o “louco com carradas de razão” e está apenas fazendo o “trabalho sujo” para seu pai.
PS: No Brasil, quem tem pescoço em francês tem medo de vice!
Walter Navarro

Jornalista, escritor, escreveu no Jornal O Tempo e já publicou dois livros.

Jornalista, escritor, escreveu no Jornal O Tempo e já publicou dois livros.

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