19 de abril de 2024
Walter Navarro

O Bolsonaro tem fome de quê?


Há muito não escrevo sobre o meu, o teu, o vosso, o nosso presidente favorito, Jair Bolsonaro.
O problema é que ainda tenho bons amigos petistas que detestam, de graça, o meu, o teu, o vosso, o nosso presidente predileto, Jair Bolsonaro.
Mas a maioria dos meus amigos petistas é civilizada. Eles são amestrados e domesticados. Não roubam, nem mordem. Por isso nos damos bem.
Acontece que, uma vez Flamengo, uma vez petista, sempre…
Um destes grandes amigos que, na mais tenra infância, certamente deve ter caído do berço e bateu a cabeça no chão, me repassou a seguinte notícia, não assinada, mas engraçadíssima:
“No Japão, Bolsonaro come pouco em banquete imperial e recorre a macarrão instantâneo. Item obrigatório nas viagens do presidente, alimento tem sido opção em viagem ao continente asiático”.
A notícia, uma “enorme novidade”, extremamente útil para a ordem e o progresso do Brasil, ganhou o seguinte comentário, também não assinado, claro: “Ao fugir da comida japonesa, presidente ostenta ignorância e preconceito”.
Kkk, só gargalhando com farofa!
Quando a maioria dos políticos come, com cara feia ou de nojo; pastel de feira, sanduíche de mortadela, buchada de bode, isca de fígado, entre outros acepipes, os “coitadinhos” são acusados de hipocrisia, falsidade, etc.
E são. Eles só apreciam estes manjares de quatro em quatro anos.
Eu também não sou chegado em comida japonesa. Isso quer dizer que sou um monstro, ignorante e preconceituoso? Ou ainda podemos ter preferências neste país grande e bobo?
Se eu for a Nigéria, como presidente, sou obrigado a comer a iguaria local, morcego, com os nativos?
Se eu for a China tenho que repetir o churrasquinho de cachorro?
Certa feita levei grande e falecido amigo a um coquetel, numa galeria de arte.
Enquanto eu cumprimentava as pessoas, ele foi direto ao coquetel e nos perdemos.
Quando o reencontrei, flagrei esta cena maravilhosa: o cara pegava um sushi, comia o recheio e jogava o resto num cinzeiro.
Dei-lhe uma dura e recebi a resposta: “Arroz eu tenho em casa”, kkkk.
Tudo isso para, mais uma vez, mostrar que, qualquer coisa que Bolsonaro faça, estará fazendo errado, logo será criticado.
Lula já foi fotografado bêbado, mais de uma vez, com a calça mijada, comendo bombons ou chupando balas pra tirar o bafo e jogando os papéis no chão. Bonito, né?
E Bolsonaro não pode comer seu Miojo, seu macarrão, tranquilamente, sem incomodar ninguém, sem torrar o dinheiro público em restaurantes chiques e caros como faziam Dilma, Lula e FHC….
Mesmo correto, pra essa gente, Bolsonaro está sempre errado.
Dilma não comia pastel de vento e arrotava mandioca. Em compensação, deveria consumir alguma coisa muito alucinógena, lisérgica.
Lula, pelo jeito, comia de tudo, principalmente o nosso futuro.
FHC dispensa comentários, morou em Paris.
Para finalizar e literalmente ilustrar esta crônica, mato a cobra e mostro o pau enorme.
Vejam o que fotografei dentro de um táxi, em São Paulo. A revista “Menu”, de janeiro de 2011: “Todos os pratos dos presidentes”.
FHC: “Salada morna com lâminas de rosbife e vinagrete de mostarda de Dijon”. Não disse que ele apreciava a culinária francesa?
Lula: “Rabada com agrião e angu”. Por isso tomamos no rabo.
Dilma: “Bife a cavalo tradicional”. Um prato coerente para aquela égua com cabeça de anta e jeito de capivara acéfala.
PS: Mas afinal, quem é que contou sobre as preferências gastronômicas do presidente Bolsonaro? Fogo amigo, ao ponto ou mal passado?
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Walter Navarro

Jornalista, escritor, escreveu no Jornal O Tempo e já publicou dois livros.

Jornalista, escritor, escreveu no Jornal O Tempo e já publicou dois livros.

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