28 de março de 2024
Editorial

Patrocínio não vai faltar

CsgJuxGWIAEJu7FFoto: Arquivo Google

De que adiantou tentar fugir? Tentar obstruir a justiça, virando ministro, por alguma horas, de um governo já moribundo, à época, que foi escorraçado do poder, tanto por cometimento de crime de responsabilidade, quanto pelo conjunto da obra. De que adianta tentar desqualificar os autos e recorrer ao STF para barrar tudo? Eis que Lula, a alma mais honesta do Brasil, virou réu na Lava-Jato e vai ficar frente a frente com o juiz “concursado” Sérgio Moro.
Se ele realmente for preso, o que eu não acredito, poderá usar o recurso da delação premiada, para minimizar a sua pena. Os esquemas de corrupção no governo nunca ficaram tão claros como agora, momento que deve ser aproveitado para o país mudar a forma de se fazer política. O fim da era Lula tem que se tornar um marco regulatório, tem que determinar o fim da corrupção como instrumento de governança, o fim das propinas, o fim do caixa dois e o fim do superfaturamento de obras. Menos do que isso não vai resolver nada. Creio, entretanto, que a prisão de Lula agora faria dele o mártir que daria munição ao PT em suas próximas campanhas.
Tudo tem a sua hora! E não é que o autodenominado “mais honesto dos políticos deste país”, responderá por crimes de corrupção e lavagem de dinheiro? Será que Lula vai continuar blefando que torná-lo réu por suposta corrupção é golpe, ou perseguição política? E que não teve o zelo de não envolver a esposa nas falcatruas, tornando-a também ré no processo? Se Lula sonhou um dia ter seu nome registrado na História, infelizmente, o seu legado será o pior possível para as futuras gerações.
“O que está acontecendo não me abala, só me dá vontade de andar mais e falar mais”, disse Lula ao saber do indiciamento. Se não tivesse feito mau uso de seus dons carismáticos, porque os tem de verdade, e tivesse colocado o bem do Brasil à frente dos interesses do PT e de seus sonhos de perpetuação no poder, hoje estaria sendo consagrado como o melhor presidente que o país já teve. Mas faltou-lhe caráter!
Creio que após a última e mais recente bravata de Lula e os mais novos acontecimentos no âmbito da Justiça, seria aconselhável que ele começasse a selecionar sapatos confortáveis e resistentes, tênis, no caso, e roupas leves, cantil para água e iniciasse a sua prometida caminhada até Curitiba. Afinal, são 400km de São Paulo até lá. Promessa é dívida. Provavelmente a Nike ou a Adidas, entre outras marcas, certamente brigarão para fornecer os tênis adequados a esta caminhada.

Valter Bernat

Advogado, analista de TI e editor do site.

Advogado, analista de TI e editor do site.

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