19 de março de 2024
Editorial

A intenção de desmoralizar…

Imagem: Arquivo Google – NSC Total

Desculpem-me voltar ao assunto do Editorial da semana passada, mas acho que há algumas coisas ainda a serem ditas e eu mesmo, entendo que não esgotei o assunto… desculpem-me a presunção (rs).
O aparecimento de parte dos diálogos entre Sergio Moro, quando juiz, e procuradores da Lava-Jato viraram motivo para esta esquerda, que saqueou o Brasil por anos, desqualificar uma pessoa séria e de caráter ilibado. Fica evidente que esse senhor incomoda muitos políticos e até juízes do Supremo Tribunal Federal, mas é incontestável que ele é exemplo para todos os brasileiros que ainda acreditam neste país.
Definitivamente, a esquerda se superou e mostrou o seu modus operandi, no afã de desmoralizar o ministro da Justiça, que, fundamentado em inúmeras provas, condenou o ex-presidente Lula, decisão tão absurda (segundo a esquerda) mas que foi ratificada por outras duas Instâncias superiores (Teoria da Conspiração?). É de doer pensar que o destino deste país esteve entregue a pessoas deste tipo, que se mostraram como uma verdadeira organização criminosa.
O ex-juiz Sergio Moro e o procurador Deltan Dallagnol tinham – sim – uma relação de proximidade, que muitos consideram inadequada, mesmo sabendo que o relacionamento não tenha ensejado modificações ou a intenção de forjar provas dos casos em que estiveram envolvidos. Uma coisa é a troca de opiniões, outra é o magistrado ter relações pessoais com o réu. Por exemplo, o ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes, que foi padrinho de casamento da filha de Jacob Barata Filho, concedeu três habeas corpus ao empresário, mesmo que para muitos ele devesse se declarar incompetente para tais decisões. Se fosse um campeonato de inadequações, quem mereceria o pódio?
Toda essa onda de críticas e acusações infundadas contra o ex-juiz Sergio Moro demonstra o inconformismo da oposição com a perda do poder e o temor do lulopetismo et caterva com o avanço das investigações no âmbito da Operação Lava-Jato. Alijada do acesso fácil aos orçamentos e contratos bilionários para desviar recursos do Estado, esta turma, por todos os meios e formas, querem desqualificar a brilhante atuação do magistrado e dos integrantes da Força-tarefa na luta contra o maior esquema de corrupção jamais visto no país.
Na minha visão, creio que o juiz Sergio Moro apenas orientou os procuradores da Lava-Jato quanto à forma como deveriam ser conduzidas as investigações para que as provas apresentadas fossem contundentes e não restassem dúvidas quanto aos pedidos de condenação por crimes cometidos. Ele foi assessor da ministra Rosa Weber no processo do mensalão, tendo em vista que fez cursos no exterior sobre técnicas de lavagem de dinheiro e como atuam os criminosos desta área. Não poderia atuar de forma diferente, tendo em vista a solicitação de um colega, também advogado e procurador do Estado.
Inacreditável a desfaçatez do ministro Gilmar Mendes em considerar suspeitas as decisões do ministro Moro, com base em frases pinçadas nas ilegais gravações do site Intercept. O controverso ministro faz caras e bocas e omite sua suspeita conversa com Aécio Neves, em que se oferece para procurar o senador Flexa Ribeiro. Esse telefonema, sim, é imoral, ilegal e comprometedor. Aliás, até quando esse cidadão continuará a afrontar a sociedade brasileira?
Da maneira como a situação caminha, ainda veremos Sergio Moro e Deltan Dallagnol no xilindró, e figuras ilibadas como Eduardo Cunha, Henrique Alves, Zé Dirceu, Lula etc. liberadas. Mais ainda, serão extintos processos contra personagens impolutos como Sérgio Machado, Lobão, Renan Calheiros etc.

Valter Bernat

Advogado, analista de TI e editor do site.

Advogado, analista de TI e editor do site.

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