28 de março de 2024
Colunistas Priscila Chapaval

Amigos Judeus e não judeus!

Feliz Pascoa! Pessach Chag Sameach.

E a minha família que sinto tanta falta e que pela primeira vez iremos ficar distantes. Todos em isolamento social. Mas juntos em pensamentos e muita união.
Amor e Luz a todos.
Hoje é o primeiro dia da Páscoa Judaica ou Pessach que em hebraico significa ”Passagem”.
Fala da memória e da identidade, para que os filhos de Israel jamais se esqueçam que foram escravos do Egito. E que mão de Deus os libertou para poder servir e ser Luz para as nações. Páscoa foi instituída para que Israel nunca se esqueça quem foi, quem é e quem será.
Na noite do Pessach é servido um jantar com muita simbologia e orações. É um jantar familiar com a família e amigos convidados. Antes do jantar, o líder da família dá inicio aos ensinamentos. Serve-se o pão ázimo ou matza e ervas amargas.
O pão sem fermento matza é para lembrar que na noite de Páscoa no Egito os escravos judeus tiveram de comer o pão as pressas. As ervas amargas para recordar dos tempos amargos que os judeus viveram.
Toma-se vinho e uma serve-se com a matza pasta doce chamada Charosset. Depois o jantar é servido mas tudo é massa feito com farinha de matzsa. Fazem Peixes, sopas, e outras iguarias.
Isso tudo vivenciei primeiro na casa dos meus avós maternos. Meus avós paternos não cheguei a conhecer.
Minha avó Jenny cozinhava e a família ajudava. Era um banquete. Meu avô Manoel era imigrante do leste europeu e levava tudo muito a sério.
A família inteira vinha. Tios e tias, primos e primas. Uma alegria.
Depois o legado passou para minha mãe. Também igual ao ritual feito na casa dos meus avos, mas sem muitas orações.
A gente ajudava na cozinha e cada ano nos aperfeiçoávamos mais no guifilte fish e todo mundo adorava.
A sopa de matza ball (canja de galinha e bolinhas feitas com farinha de matsa e cebola frita) não sobrava para o dia seguinte. E sempre tinha outros pratos seguindo a tradição mas não muito.
Depois quem fazia as festas do Pessach era minha irmã mais velha, a Ida.
A família foi crescendo, netos e os sobrinhos e sobrinhos netos gostavam dessa tradição. Apesar da família não ser só de judeus, e eles, católicos, gostavam mais ainda. Sempre tudo muito alegre e uma delicia. A decoração das mesas uma maravilha. Varias mesas!
Hoje fica a lembrança dos jantares tão felizes. Mas temos o mundo virtual que nos permite ver e desejar nossa união e amor cada um.
Desejar o melhor Pessach com muita saúde e alegrias.
E nesse momento de orações pedimos ao mundo a cura dessa epidemia horrorosa.
E que o mundo seja cada vez mais iluminado, com amor e fraternidade. Sem guerras e sem brigas de poder. Certamente sairemos melhor depois desse nosso isolamento social.
QUE SEJA LUZ!
AMÉM.

Priscila Chapaval

Jornalista... amo publicar colunas sobre meu dia a dia...

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