A Romênia é um país que tem uma área equivalente à metade de Minas Gerais e 21 milhões de habitantes. Os Romenos pararam o país por quase 15 dias, exigindo a revogação de um decreto que praticamente liberava a corrupção abaixo de 44 mil euros. Os caras permaneceram nas ruas mesmo depois que o decreto foi revogado.
Se nós, brasileiros, tivéssemos um mínimo de educação cívica, noções de cidadania, e menos preguiça, já estaríamos na rua até que essa reforma política fosse total e completamente revista.
Aqui, estamos sempre esperando que “alguém” faça por nós o que só cabe a nós, em conjunto. E esse alguém, invariavelmente, vai apenas e tão somente defender aquilo que lhe interessa.
Por isso as manifestações, quando acontecem, são aos domingos. Assim não atrapalha ninguém. Parece piada de português, mas é essa a justificativa. Porque se não for para atrapalhar, por que cazzo nos manifestaríamos?
Faço minhas as palavras do Ricardo Rangel. Acrescento que ir às ruas domingo à tarde é igual a reclamar pelas Redes Sociais: Efeito zero. E os políticos também sabem disso. Está chegando o tempo em que mais nada adiantará .
A princípio, as Redes Sociais pareciam um mecanismo de conscientização e mobilização política. As grandes manifestações foram organizadas por aqui.
Agora, aparentemente, as Redes se tornaram apenas um canal de extravasamento de nossa frustração, indignação, irritação.
Passamos a usar as redes para xingar os políticos EM VEZ de ir para a rua pressioná-los. Os políticos perceberam e estão botando para quebrar. E estamos deixando por isso mesmo.
Palmas para os políticos, que além de tudo ainda debocham da nossa cara batizando a tungada de “Fundo Especial de Financiamento da Democracia”.
O Fundo Especial de Financiamento da Democracia vai tirar $ 3,6 bilhões dos cofres públicos para enfiar em campanhas publicitárias milionárias. O nome é um deboche contra o cidadão, que vai pagar por isso.
Por isso, minha sugestão de nome para essa barbaridade é: Fundo Especial de Financiamento da Putaria.
Ou eles são mesmo geniais, ou somos, realmente, muito idiotas.