19 de março de 2024
Turismo

Lx Factory – A Lisboa que se reinventa

Quem acompanha meus posts, sabe que sou apaixonada por Portugal, e felizmente tenho conseguido ir lá todo ano. Já escrevi aqui sobre Cascais, Sintra, Porto, Douro… mas ainda não tinha escrito sobre Lisboa.

É quase impossível falar de Lisboa em apenas um ou dois posts, porque, além das tradicionais atrações turísticas, a cidade vem se transformando numa velocidade incrível.

A cada mês inauguram uma infinidade de novos espaços, lojas, galerias, restaurantes, rooftops, bistrôs, de todos os tipos e sabores, numa diversidade de opções que fica difícil escolher quando estamos na cidade. E é sobre um desses lugares que vou falar hoje: o LX Factory, que abriu neste formato há relativamente bastante tempo (2008), mas nos últimos anos ganhou mais destaque, e tem a cara dessa nova Lisboa, moderna, criativa, descolada, multicultural, e cheia de delícias e de arte.

Mapa esquemático do LX Factory. (Fonte: www.lxfactory.com)

Como tudo começou? A história da LX Factory começa no século 19, mais precisamente no ano de 1846, quando foi criado um grande complexo fabril chamado Companhia de Fiação e Tecidos Lisbonense. Ocupava uma grande área, de aproximadamente 23.000 m2, localizada no bairro de Alcântara e próxima ao rio Tejo.

Ao longo do tempo outras importantes fábricas passaram por ali, até que o local ficou abandonado durante alguns anos.

Em 2008, houve a transformação e o espaço antes puramente industrial, passou a ser um centro de criatividade e vanguarda. Há lojas de design, moda, música, arte, restaurantes e cafés de todos os tipos, e escritórios de arquitetura, comunicação, publicidade, só para citar alguns.

Assim nasceu a LX Factory e, vou confessar sem medo e após duas visitas em distintas épocas do ano, que é um de meus lugares favoritos de Lisboa.
Quem passa pelo portão da LX não imagina o que há lá dentro. A entrada fica meio escondida, a gente tem que prestar atenção para não passar batido.

Entrada da LX quase passa despercebida. Parte da Ponte 25 de Abril, que cruza o rio Tejo, foi construída sobre seu terreno.
(Fonte: Ana Paula Sayão)

A LX Factory diz na sua página, “a cada passo vive-se o ambiente industrial”, e “é uma fábrica de experiências onde se torna possível intervir, pensar, produzir, apresentar idéias e produtos num lugar que é de todos, para todos”. A LX Factory foi considerada pela revista CNT um “epicentro da cultura da cidade, uma ilha de 23 mil metros quadrados dedicados à arte, design e música contemporânea”. Segundo resumem, “nas suas ruas revitalizadas não faltam restaurantes, bares, salas de concerto e muitas exposições.”

Hoje são cerca de 200 empresas instaladas lá com mais de mil funcionários.

Vou listar abaixo alguns dos meus lugares favoritos na LX: Café na Fábrica: é um café delicioso, bem na entrada, com mesas comunitárias ao ar livre, sob as árvores, num ambiente bem informal e simpático.

Café na Fábrica: esta imagem foi tirada em um dia de semana, mas não se enganem porque nos fins de semana fica lotado.
(Fonte: Mônica Sayão)
Delícias doces e salgadas para acompanhar o café. (Fonte: Mônica Sayão)
“Café na Fábrica: aqui a felicidade é rotina”. Bacana! (Fonte: Ana Paula Sayão)

Chef Nino: este foi um dos primeiros espaços abertos na LX. Servem crepes, sanduíches, cafés e sorvetes. Tudo muito gostoso. Seu interior tem uma decoração dos anos 50 e 60.

Ambiente aconchegante e delícias engordantes. Como evitar?
(Fonte: Mônica Sayão)
Decoração despretensiosa, mas charmosa. (Fonte: Mônica Sayão)
Os sorvetes são ótimos! (Fonte: Mônica Sayão)

Landeau – ganhou a preferência dos portugueses, a ponto de ser chamada de “o melhor bolo de chocolate do mundo”. Não só dos portugueses, diga-se de passagem! Realmente é uma delícia: pouco doce e bem fofo. Sugiro que provem! Sofia Landeau, uma portuguesa com ascendência francesa, é a autora desta verdadeira coqueluche na cidade.

Na minha primeira visita, a Landeau estava fechada. Oh céus!
(Fonte: Mônica Sayão)
Reparem os comentários da mídia internacional no painel marrom da entrada.
(Fonte: Mônica Sayão)

Oh! Brigadeiro – já que o assunto migrou para chocolate, não posso deixar de falar sobre esta loja que vende o meu, o seu, o nosso brigadeiro. Eles são divinos!
A loja, na rua principal da LX Factory, tem brigadeiros artesanais de sabores tradicionais, como o cacau e chocolate branco, crocantes como os com cobertura de avelã, amêndoa e pistache, ou picantes com especiarias.

São tão deliciosos como parecem ser! (Fonte: Mônica Sayão)
A loja vende até naked cake com brigadeiros no topo. Me senti no Brasil!
(Fonte: Mônica Sayão)

Wish Concept Store: possui dois ambientes distintos, um de design e papelaria, e o outro abriga uma deliciosa cafeteria. Tudo muito estiloso na parte do design, e tudo delicioso na parte gourmet. Até rimou…

Dá vontade de comprar tudo. (Fonte: Mônica Sayão)
Arte nas paredes, com muito charme e delicadeza.
(Fonte: Ana Paula Sayão)
Peças muito originais! (Fonte: Mônica Sayão)
A cafeteria vive cheia. Uma delícia! (Fonte: Mônica Sayão)
Detalhe das luminárias da cafeteria, puro charme.
(Fonte: Mônica Sayão)
O memorável bolo de laranja do Wish. (Fonte: Mônica Sayão)

Re-Mind: mais um exemplo de espaço criativo e delicado. Aqui se encontra peças com um viés ecológico e marcas que não são encontradas em outro lugar.

Você se lembra dos seus sonhos? (Fonte: Ana Paula Sayão)
Mais um detalhe do Re-Mind. (Fonte: Ana Paula Sayão)

Bairro Arte: é um amplo espaço de design irreverente. Faz muito sucesso entre os jovens.

A loja é grande e o acervo também. (Fonte: Mônica Sayão)
Telefones retrô e peças de design irreverente. (Fonte: Mônica Sayão)

Livraria Ler Devagar: uma das livrarias mais legais da cidade e um símbolo do LX Factory. São dois andares de livros por toda parte e também dois cafés lá dentro. Lugar ótimo para passar um bom tempo.

Só o nome “ Ler Devagar” já é inspirador! (Fonte: www.lxfactory.com)

Há também lojas que a gente gosta mas esquece o nome… como as duas fotos abaixo…

Os lindos azulejos portugueses para diversos usos. (Fonte: Mônica Sayão)
Amei esta loja mas não consigo me lembrar o nome. Vou ter que voltar!
(Fonte: Mônica Sayão)

Feira de artesanato: todos os domingos há uma feirinha de artesanato, roupas e objetos vintage na rua principal da LX Factory. É muito simpático andar por ela, há sempre coisas interessantes à venda. No verão funciona das 12h às 20h. No inverno das 11h às 18h. Vale conferir.

Em um frio domingo de inverno, na hora da abertura da feira, o movimento ainda era pequeno. (Fonte: Mônica Sayão)
O que foi bom porque tivemos tempo e espaço para bisbilhotar tudo.
(Fonte: Mônica Sayão)

A LX Factory tem muitos painéis grafitados ou azulejados, dando uma nova roupagem às fachadas antigas e por vezes deterioradas. Como o exemplo a seguir.

Intervenções artísticas em várias fachadas. (Fonte: Mônica Sayão)

Rio Maravilha: e quando bate aquela saudade do Brasil e do Rio, temos o Rio Maravilha, esse charmoso restaurante e bar, que parece nos transportar para uma casa da Lapa, com cores vibrantes, decoração irreverente, mesas de sinuca e samba, além de um terraço com uma vista de tirar o fôlego… Que nos faz lembrar, curando a saudade, que estamos diante de um outro Rio Maravilha.

Rio Maravilha: a imagem diz tudo. (Fonte: Ana Paula Sayão)

Nota da autora: ficarei afastada do O Boletim por quase dois meses. Ossos do ofício: seguirei para Itália para acompanhar dois grupos de turismo. Será uma temporada longa, de bastante trabalho, mas certamente de muita satisfação. Peço aqui desculpas pela ausência, mas prometo que voltarei ao Brasil com muito assunto para contar.

Quem quiser, siga meu Instagram (@monicasayaoviagens) porque postarei fotos diariamente e assim vocês saberão por onde ando.

Até a volta!

Mônica Sayão

“Arquiteta de formação e de ofício por muitos anos, desde 2007 resolveu mudar de profissão. Desde então trabalha com turismo, elaborando roteiros e acompanhando pequenos grupos ao exterior. Descobriu que essa é sua vocação maior.”

“Arquiteta de formação e de ofício por muitos anos, desde 2007 resolveu mudar de profissão. Desde então trabalha com turismo, elaborando roteiros e acompanhando pequenos grupos ao exterior. Descobriu que essa é sua vocação maior.”

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