19 de março de 2024
Turismo

Cascais, um lugar pra chamar de seu… ou de meu! (parte 2 – final)

No post anterior, mostrei o centro de Cascais e terminei mostrando o pôr do sol a partir da Boca do Inferno. Vamos continuar nosso passeio por esta região tão encantadora, seguindo em direção ao Cabo da Roca e Azenhas do Mar. Vamos nós de mapa:

Mapa dos arredores de Cascais (Fonte: www.elmundo.es)

Ao sair do centro de Cascais, pela costa na direção norte, o visual é maravilhoso. Há um bairro  bem residencial, no meio de um bosque, a Quinta da Marinha. Este é um lugar de casas maravilhosas e bem caras, preciso dizer. Há hotéis excelentes e campos de golfe. Tudo muito exclusivo e bem tranquilo. Já me hospedei em um desses hotéis e achei excelente ideia: a 5 min de carro da costa com seu mar azul e podendo desfrutar de caminhadas pelas ruas super arborizadas, de uma paz enebriante.

Estrada à beira-mar em frente à Quinta da Marinha. (Fonte: Mônica Sayão)
Bairro da Quinta da Marinha: no meio de um bosque, com muita paz e exclusividade. As casas desta foto são de um condomínio. Há outras enormes. (Fonte: Mônica Sayão)
Hotel Oniria na Quinta da Marinha, onde me hospedei, ao lado de um belo campo de golfe. Hoje o hotel chama-se Martinhal Cascais Family Hotel, voltado à famílias com crianças.
(Fonte: Mônica Sayão)
Martinhal Cascais Hotel visto de seu pátio interno. (Fonte: Mônica Sayão)
Campo de golfe na Quinta da Marinha: a gente pode até não jogar, mas bonito, isto é! (Fonte: Mônica Sayão)

A partir da Quinta da Marinha, o mar fica visível. É a Praia do Guincho, bastante popular entre os adeptos de kite e windsurf, por causa do vento constante.
Se você ainda não achou que está no paraíso, agora começará a ter certeza. São alguns quilômetros de praia intocada, com um restaurante aqui e ali (aliás, todos ótimos), aquele marzão com areia clara e/ou rochas, e ao fundo, a silhueta do Cabo da Roca. Fácil escapar um suspiro…

Praia do Guincho com o Cabo da Roca ao fundo. (Fonte: Mônica Sayão)
Praia do Guincho: paraíso do wind e kitesurf. (Fonte: Mônica Sayão)
Fortaleza do Guincho, hotel e restaurante bem conceituados.  (Fonte: Mônica Sayão)

Ao longo desta estada, na beira do mar, há vários ótimos lugares para uma refeição, como o da foto acima, no Hotel Fortaleza do Guincho. Com gastronomia refinada, agraciado com 1 estrela do Guia Michelin e rodeado pelo mar, é uma bela escolha.
Não posso deixar de mencionar, com o devido destaque, o restaurante Furnas do Guincho. Posso afirmar que foi minha melhor experiência em todos estes anos de Cascais.

Furnas do Guincho: ambiente acolhedor à beira-mar. (Fonte: Mônica Sayão)
Queijo de Azeitão com broa de milho, ambos típicos de Portugal. (Fonte: Mônica Sayão)
Camarões que pareciam recém-pescados. (Fonte: Mônica Sayão)
Furnas do Guincho: peixe no sal grosso de comer rezando… (Fonte: Mônica Sayão)
Comida divina e mais a vista lá fora, com direito a varandão, tudo de bom! (Fonte: Mônica Sayão)

Não tem jeito, sou gulosa mesmo! A gente estava no carro indo em direção ao Cabo da Roca, e já estou eu falando de comida novamente.
O Cabo da Roca é o ponto mais ocidental de Portugal e do continente europeu. É bonito demais, e fica a 12km do Hotel Fortaleza do Guincho, no final da Praia do Guincho. O caminho até lá não é mais à beira-mar, mas através de estradinha bucólica dentro do Parque Natural de Sintra-Cascais. Pois é, estamos próximos à Sintra, que fica mais afastada da costa. A visita ao Cabo da Roca não é demorada, é o tempo necessário para apreciar tanta beleza.

Cabo da Roca, o ponto mais ocidental do continente europeu.  (Fonte: Mônica Sayão)
Detalhe do Cabo da Roca. (Fonte: Mônica Sayão)
Cabo da Roca, vista em direção à Praia do Guincho. (Fonte: Mônica Sayão)

Continuando na direção norte, 13km adiante do Cabo da Roca, chegaremos a Azenhas do Mar. Parece a Grécia? Parece, mas não é. Azenhas é linda demais, uma aldeia encarapitada sobre a falésia de pedra. A primeira vez, precisei de um tempo para acreditar que não era um sonho.
Sua população gira em torno de mil habitantes. Uma parte deles pega o trem diariamente para trabalhar em Sintra, Cascais ou Lisboa, outra se dedica à agricultura e à viticultura. E outros poucos se dedicam ao turismo, trabalhando nos escassos restaurantes desta aldeia. Tudo muito bucólico, tranquilo e encantador, com a visão estonteante das casinhas brancas sobre a falésia.

Azenhas do Mar, parece um sonho! (Fonte: Mônica Sayão)

Se você tiver tempo de fazer uma refeição em Azenhas, não perca a oportunidade de conhecer o Restaurante Piscinas. Como o nome diz, fica sobre a piscina natural que aparece na foto acima. Comida maravilhosa, a especialidade são os frutos do mar. Tem gente que sai de Lisboa para fazer refeição aqui. E com a vista, principalmente no final da tarde, você vivenciará momentos memoráveis.

Detalhe do casario em Azenhas do Mar. (Fonte: Mônica Sayão)
Passeando pelas ruelas de Azenhas do Mar. (Fonte: Mônica Sayão)
Azenhas é assim, super bucólica. (Fonte: Mônica Sayão)

Já no caminho de volta para Cascais, pela mesma estrada da vinda, há um acesso para o Santuário da Peninha. Poucas pessoas conhecem, e se você não prestar atenção, passará pela rua de acesso sem perceber. Mas num dia bonito de sol, vale muito a visita.

Santuário da Peninha, quase desconhecido por turistas estrangeiros. (Fonte: www.dinheirovivo.pt)

O Santuário foi construído no final do século 17 no topo de uma colina com quase 500m de altitude. De acesso difícil e com pouca sinalização, não é muito conhecido dos turistas. De lá se descortinam vistas maravilhosas. Não perca!

Vista linda a partir do Santuário da Peninha, com a Praia do Guincho à esquerda e mais um pôr do sol para aquecer os nossos corações! (Fonte: Mônica Sayão)

Não sei se convenci o leitor a chamar Cascais de seu, mas de meu certamente eu a chamo…
Até breve!

Mônica Sayão

“Arquiteta de formação e de ofício por muitos anos, desde 2007 resolveu mudar de profissão. Desde então trabalha com turismo, elaborando roteiros e acompanhando pequenos grupos ao exterior. Descobriu que essa é sua vocação maior.”

“Arquiteta de formação e de ofício por muitos anos, desde 2007 resolveu mudar de profissão. Desde então trabalha com turismo, elaborando roteiros e acompanhando pequenos grupos ao exterior. Descobriu que essa é sua vocação maior.”

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