19 de abril de 2024
Marco Angeli

STF custa dois milhões por dia ao Brasil

Onze ministros milionários e um destino: criar impunidade para poderosos

Em 2017, a previsão de grana destinada ao funcionamento do STF em 2018 – retirada dos cofres públicos, of course – era de 714 milhões de reais e uns quebrados.

Isso para fazer funcionar apenas um tribunal com 11 ministros.

Esse é o único retorno, ou ‘benefício’ (se é que se pode chamar assim a duvidosa atuação do STF) que tem o país dessa grana que é despejada nesse buraco sem fundo recheado de mais uns 32 auxílios que incluem gratificações, verbas, ajuda de custos, e indenizações.

Num raciocínio simples, considerando-se apenas o que significa para o Brasil esse tribunal, cada um dos 11 ministros custa cerca de 65 milhões por ano ao país.

Cada um deles, quase 6 milhões por mês.

No total, pasmem, dois milhões por dia.

Mesmo defendendo bandidos e agindo contra a sociedade, arrogantemente, nem precisam trabalhar muito pra levantar a dinheirama: três meses do anos são de recesso, sem trabalho e muita alegria, torrando a grana do povo que trabalha duro.

O tribunal dos 11 usa 2.500 funcionários para ‘trabalhar’ em prol do país.

Vão desde bombeiros até ‘auxiliares de desenvolvimento infantil’ (o que seria isso?), passando por 85 secretárias, 293 vigilantes, 24 copeiros, 27 garçons, 10 carregadores de bens (mamma mia) e muitos outros profissionais.

Todos esses privilégios bestiais são só para alimentar e manter uma instituição que frequentemente mostra ao país, vergonhosamente, uma atuação porca e claramente voltada a defender um sistema corrupto e venal.

Ministro ‘bonzinho’, ali, é só pra inglês e televisão ver.

Apesar de receberem por mês quase todo o orçamento que recebeu o Museu Nacional do Rio de Janeiro (aquele que foi destruído pelo incêndio, lembram?) durante um ano, todos são unânimes quando se trata de aumento em seus privilégios.

Votam nas sombras, defendendo ferozmente seus privilégios.

Nesse contexto, lagosta é brincadeira.

Hoje, quando a sociedade exige o impeachment do que é talvez o pior e mais arrogante deles, Gilmar Mendes, é sempre bom lembrar quanto o país paga por ele.

O ministro, colocado na cadeira por FHC, é apenas uma amostra do fisiologismo descarado praticado no Brasil.

De uma família de influentes fazendeiros e juízes de Mato Grosso, tem mais de 10 parentes envolvidos na função jurídica do país, além de sua própria esposa, Guiomar Mendes, que trabalhou 23 anos no STF.

Essa senhora custou caro aos cofres públicos, além de outras façanhas: de 2009 a 2011 acompanhou o marido Gilmar 20 vezes ao exterior, com médio de 22 mil por viagem.

Mas isso é apenas a pequena ponta de um iceberg gigantesco de favoritismos, familismos e outros bichos que envolvem igualmente os outros dez ministros dessa instituição.

Riscar do mapa do STF Gilmar Mendes certamente é positivo.

E preciso.

Mas, muito mais importante que isso, é rever e reformar essa instituição apodrecida como um todo.

E reformá-la profundamente, de maneira a que sirva aos brasileiros e ao país.


Uma reforma do zero.

Mendes: só a ponta de um iceberg de desvios, fisiologismos e desperdício de dinheiro público.

Vale lembrar que esses ministros não são nada mais do que funcionários públicos.

Pagos pelo povo para servir a ele.

E não para atuar contra ele, como acontece.

Todo o ‘juridiquês’ empoado e a arrogância dos que jamais são julgados por sua atuação não muda esse fato simples.

Para além do pé na bunda de um ou dois desses 11, está a necessidade de uma reforma no STF.

Isso está bem claro, hoje.

O Brasil não pode mais conviver com essa vergonha.

*Em tempo, estaremos dia 17 de novembro nas manifestações pelo impeachment de Gilmar Mendes, e contamos com todos.

Fonte: https://www.marcoangeli.com.br

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