18 de abril de 2024
Ligia Cruz

Conexões

Foto: Arquivo Google – Poder360
Quanto mais a PF cavuca nessa história do derramamento de petróleo na costa brasileira, mais o fato revela os tentáculos de uma rede criminosa e corrupta.
Personagens e nomes arrolados na Lava Jato aparecem aqui também.

O navio de bandeira grega Boubolina parece estar no centro do maior crime ambiental ocorrido do Brasil.

Empresas de navegação e o ex-cônsul grego, proibido de sair do Brasil pelo ex-juiz Sergio Moro, parecem ter conexões.
O enredo está  sendo construído com uma investigação que não se restringe só ao nosso país.
Como tudo aconteceu ainda não se apurou, porque faltam os depoimentos do comandante e da tripulação.
O derramamento não foi possível de ser detectado por satélites devido às características do óleo que, misturado à água do mar, torna-se denso, expande e mantêm-se abaixo da superfície.
Foi o que ocorreu. Portanto, é possível que muitas manchas ainda podem aparecer nas praias, com proporções hercúleas.
Há uma hipótese de que o derramamento ocorreu numa operação “ship to ship”, transferência de cargas de navio a navio, em alto mar.
Essa operação é feita no mundo todo, de forma clandestina, para fugir das altas taxas portuárias e aumentar o lucro do produto transportado.
Depois é feito um rateio mais barato dos custos portuários entre as empresas de navegação envolvidas. Mas isso implica em uma operação de risco, pois sem os equipamentos de transferência apropriados e cuidados operacionais disponíveis nos portos, a segurança é considerada irrelevante o fato é que essa história reserva desdobramentos muito além da mortandade da fauna marinha brasileira. Essa conta será bem salgada.
Ligia Maria Cruz

Jornalista, editora e assessora de imprensa. Especializada em transporte, logística e administração de crises na comunicação.

Jornalista, editora e assessora de imprensa. Especializada em transporte, logística e administração de crises na comunicação.

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