23 de abril de 2024
Colunistas Junia Turra

Extremistas ou infiltrados?

Foto original: Arquivo Google – TenhoMaisDiscosqueAmigos

Muita gente usando a boa fé das pessoas, desviando a atenção e ganhando mídia. Mas vamos direto ao ponto.
Inadmissível essa ala radical que tem – sim – usado a pasta da Cultura para impor o viés que querem dar ao governo.
Aprenderam com Olavo de Carvalho mas querem dar o passo maior do que as pernas: ora tentam detoná-lo, ora o utilizam em benefício próprio.
O interesse em detonar a ministra Damares é recorrente.
Criam Fakes para bater naqueles que forem de encontro ao encaminhamento radical que querem dar.
Posam de donos da verdade, impõem regras, até mesmo para o presidente, ali na cara dele.
“Quem chamar o Soleimani de general é um FDP”. Mas Trump anunciou que o “general iraniano foi eliminado”.
Bolsonaro, idem. O ministro das Relações Exteriores também.
Esse é o critério e a terminologia usado dentro dos governos democráticos.
Como fica?
Essa gente é a esquerda no espelho: o extremismo que vai tomando conta.
“Achtung!” (Cuidado)
Não estamos sob o comando da propaganda de Goebbels que reuniu em Berlim no Sportpalast, mais de dez mil pessoas de todas as vertentes da sociedade, inclusive crianças para conclamar o povo para a “Guerra Total”, depois do massacre na Rússia, induzindo o povo e manipulando da forma mais ignóbil. Mas Goebbels é o mestre da Propaganda e da manipulação.
Frágil demais dizer que a patrulha esquerdista está em cima e é ela a culpada. Não. Os fatos foram dados. Fatos!
O jornal francês Le Monde manchetou:
Discurso do III Reich no governo Bolsonaro de extrema-direita.
Mas o discurso de Goebbels com Wagner ao fundo e em cena o Secretário da CULTURA. Como se Secretário da propaganda nazista fosse?
Estão nos chamando de burros nessa trapalhada que aprontaram?
São o Harry e a Meghan do governo Bolsonaro.
Houve um erro, CRASSO!
Mas será que foi erro mesmo ou tudo bem calculado?
Afinal, a pasta reúne muitos que adoram colocar o dedo na cara das pessoas na rede social, especialmente.
Onde se dividem para dar ordens a outros ministros e criticá-los um dia sim e outro também.
Que tal o ministro Sérgio Moro não ir mais a shows de rock afinal o rock é abortista, satanista, leva às drogas, segundo a linha de pensamento dessa gente. Algo como os islâmicos executarem os jovens que podem escutar música dos infiéis: rock, pop, rap.
Que gente é essa no governo? E batendo estaca fora dele?
O rock e o funk não levam às drogas e nem ao aborto. A falta de cidadania na base SIM: esporte, educação, lazer e de cumprimento das leis foram desativados no caos provocado pela esquerda. Estranhamente essa ala que se diz Direita mantém o mesmo status quo.
Mas, Sérgio Moro que gosta dos Beatles e do Sir Paul Mc Cartney, deve pedir desculpas ao maestro desconhecido até no Paraguai, o indicado por Alvim para a presidência da Funarte, o terraplanista Dante Mantovani?
Aliás, ele, Youtuber, retirou os vídeos, mas todos eles foram legendados por funcionários de embaixadas de outros países e circulam pelos preparativos do jubileu do compositor Beethoven que toma conta da Europa em 2020.
Mantovani vai parabenizar Jimmy Page e o Manfred Kann’s após a apresentação deles, virtuoses que são em Beethoven? E terá coragem de dizer Hello para McCartney? Melhor não arriscar.
Essa gente está indo longe demais.
Se fosse na Europa, o agora ex-secretário da Cultura, estaria prestando depoimento por apologia ao nazismo. SIM!
Não foi a esquerda, foi ele quem criou o fato. Se criou o factoide para passar a pasta para outro, ia ter que se explicar com as autoridades e não seria poupado.
E mais, apropriação indébita: usou trecho de Goebbels, propriedade intelectual de terceiro, e não foi “releitura”, foi quase ipsis literis e não citou a fonte.
Achou que funcionaria nos moldes do que disse Goebbels nos bastidores após encerrar o discurso no Sport Palast em Berlim:
“Foi um evento de idiotices. Se eu tivesse dito a eles “pulem do terceiro andar da “Columbushaus”, eles teriam feito isso também”
Não podemos aceitar que extremistas se infiltrem e tomem conta do governo. São minoria, mas começam assim.
E continuem a ouvir “Wagner”. O compositor é referência indiscutível na Música e reúne um público seleto anualmente no maior evento de música clássica da Europa em Bayreuth, na Alemanha.
Os maiores maestros e experts em música, autoridades e intelectuais, além de celebridades do mundo da música se reúnem lá! Dante Mantovani e o ex-secretário não sabem disso.
Usar o discurso de Goebbels e usar Wagner na trilha sonora dentro de um governo é ir longe demais.
O nome do filme deveria ser: Dormindo com o inimigo!
Com amigos dessa laia, quem precisa de inimigos?

Junia Turra

Jornalista internacional, diretora de TV, atualmente atuando no exterior.

Jornalista internacional, diretora de TV, atualmente atuando no exterior.

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