25 de abril de 2024
Adriano de Aquino Colunistas

A crise identitária

Antes de descrever minhas impressões sobre simulacro de crise ‘identitária’ das nações do Ocidente, diante dos acontecimentos escabrosos do 7 outubro em Israel, dia que acordou o mundo com um assombroso corte temporal,quando o Hamas fez o tempo voltar atrás. Voltar ao período da barbárie.

Creio que, mais uma vez, Israel vencerá.

Quando digo que Israel vencerá, digo que o conhecimento e as conquistas da humanidade no correr dos séculos prevalecerão contra as ondas retrógradas que, vez por outra, espocam aqui e acolá.

Ao compartilhar esse “reel”, escolhido randomicamente entre os milhares de vídeos, com o mesmo formato, que inundam as redes sociais, pretendo demonstrar que, por mais que nosso senso humanitário se revolte com as manifestações de gente supostamente civilizada, educada nas instituições de ensino dessa banda do mundo e que, nas redes e nas ruas, apoiam os atos terroristas, cujo objetivo é despertar insegurança, medo e revolta quanto ao futuro da civilização ocidental, a menina dançado é uma resposta objetiva à manipulação midiática de uma crise artificial.

Ela, e milhões de ocidentais, continuarão dançado. Essa será mais uma ‘Guerra Santa’ derrotada pela liberdade.

No fundo, ainda que as manifestações de apoio ao Hamas sejam revoltantes, tenho convicção de que são culturalmente insignificantes e passageiros.

Explico: a menina dançado, exibindo sua beleza e seus dotes físicos não é só um emblema de que apenas as democracias, um regime que mesmo tendo inúmeros problemas e, mesmo em países onde ela é manietada por grupos dominantes, é o regime que permite e garante as pessoas assumirem seus desejos publicamente, sem o risco de serem ameaçadas, presas e condenadas por suas escolhas pessoais, como acontece nos regimes teocráticos.

Os que questionam o limite da liberdade que prevalecem nas nações democráticas do Ocidente, como um modelo perverso, que permite o condicionamento imposto pela propaganda e modismos do mercado e enxerga, nas manifestações personalistas dos selfies e reels de homens e mulheres, como uma ‘superficialidade imoral’, devem refletir sobre a sinistra profundidade dos regimes teocráticos.

Aliás, não há nada, por mais profundo que se queira supor, que justifique os atos do Hamas como uma luta contra a opressão e a injustiça perpetrada contra o povo palestino, o qual o próprio Hamas não seja o responsável direto.

Veja o vídeo a seguir:

https://www.facebook.com/reel/732234332250297?s=yWDuG2&fs=e&mibextid=Nif5oz

Adriano de Aquino

Artista visual. Participou da exposição Opinião 65 MAM/RJ. Propostas 66 São Paulo, sala especial "Em Busca da Essência" Bienal de São Paulo e diversas exposições individuais no Brasil e no exterior. Foi diretor dos Museus da FUNARJ, Secretário de Estado de Cultura do Rio de Janeiro, diretor do Instituto Nacional de Artes Plásticas /FUNARTE e outras atividades de gestão pública em política cultural.

Artista visual. Participou da exposição Opinião 65 MAM/RJ. Propostas 66 São Paulo, sala especial "Em Busca da Essência" Bienal de São Paulo e diversas exposições individuais no Brasil e no exterior. Foi diretor dos Museus da FUNARJ, Secretário de Estado de Cultura do Rio de Janeiro, diretor do Instituto Nacional de Artes Plásticas /FUNARTE e outras atividades de gestão pública em política cultural.

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