19 de abril de 2024
Adriano de Aquino

Ontem o STF estava de dar inveja a um animador de auditório

Advogados que atuarao no julgamento posam para fotos antes do inicio da sessão de julgamento da prisão em segunda instância no STF (Advogados que atuarão no julgamento posam para fotos antes do inicio da sessão de julgamento da prisão em segunda instância)
                                                        Arquivo Google – Gazeta do Povo

Dois personagens sentaram lado a lado para acompanhar os debates. Kakay, o adEvogado preferido por 11 entre 10 réus da Lava Jato mas que só um mão fechada se nega a pagar seus honorários e Sepúlveda Pertence, o advogado dos sonhos dos poderosos embananados na Justiça.
Até Dona Dilma tentou contratá-lo. Porém, o famoso advogado, que goza de forte atuação nos bastidores e tem trânsito livre no STF, custa caro. Dizem que não cobra menos de R$ 10 milhões em honorários.
O telespectador que se aventurou a assistir o espetáculo sentiu uma forte sensação de volta ao passado. Parecia uma encenação canastrona e opaca de um antigo filme blockbuster.
Tudo que foi discutido há mais de dois anos e, na ocasião, aprovado pela mesma Corte, assegurando um ‘avanço’ do Código de Processo Penal, foi reprisado com diálogos rasurados contra a Justiça e a sociedade.
A intenção dos ‘produtores’ é apagar os traços do passado para restaurar o que havia antes. Quer dizer, restaurar o vale tudo na política para a segurança dos corruptos que sabem o verdadeiro sentido de “transitado em julgado’: Decurso de prazo e impunidade assegurada.
Um embuste descarado.
Uma espécie de ‘contrarrevolução’ dos togados inglórios.
Às vezes, a reedição de um velho sucesso, pode ter algum brilho. Mas esse não foi o caso da sessão nostalgia de hoje.
Isso porque para os nascidos há mais de três anos foi um repeteco entediante. Pode ser que para os nascidos após aquela data a sessão tenha alguma novidade.
Em tempo, mesmo que a matriz da Volkswagen alemã garanta que Kakay é seu único e exclusivo representante no Brasil para venda de carros novos, eu não compraria um Zero quilometro na concessionaria dele.

Adriano de Aquino

Artista visual. Participou da exposição Opinião 65 MAM/RJ. Propostas 66 São Paulo, sala especial "Em Busca da Essência" Bienal de São Paulo e diversas exposições individuais no Brasil e no exterior. Foi diretor dos Museus da FUNARJ, Secretário de Estado de Cultura do Rio de Janeiro, diretor do Instituto Nacional de Artes Plásticas /FUNARTE e outras atividades de gestão pública em política cultural.

Artista visual. Participou da exposição Opinião 65 MAM/RJ. Propostas 66 São Paulo, sala especial "Em Busca da Essência" Bienal de São Paulo e diversas exposições individuais no Brasil e no exterior. Foi diretor dos Museus da FUNARJ, Secretário de Estado de Cultura do Rio de Janeiro, diretor do Instituto Nacional de Artes Plásticas /FUNARTE e outras atividades de gestão pública em política cultural.

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