28 de março de 2024
Adriano de Aquino Colunistas

A estupidez é um treco admirável


É uma formula que junta soberba, ignorância e prepotência, Malária é uma das 10 epidemias com grande impacto na história humana.
Desde meados do século passado a cloroquina é usada como um dos fármacos de combate à malária.
Desenvolvida no final dos anos 30, início dos anos 40, do século XX, se tornou grande esperança de combate da malária durante o século passado.
Basicamente resulta de uma formulação ou alteração do quinino – que desde o século XVI ou XVII era usado contra a malária. A substância é tirada das cascas das árvores da Chinchona.
Mais de setenta anos de uso regular contínuo são suficientes para garantir que a droga não tem problemas de segurança ‘ocultos’ e desconhecidos.
A droga é tomada para o tratamento profilático da malária provocada pelos protozoários e transmitida por mosquito.
Porém, com o tempo, a ciência medica desenvolveu novos fármacos e a cloroquina foi para escanteio.
Versões genéricas continuam sendo produzidas.
Antes de viajar à África, pedi ao médico receita para usar uma versão genérica da cloroquina sob seu monitoramento e por curto espaço de tempo.
Eu havia lido que na África o coquetel ACT, sigla em inglês para grupo de fármacos que possuía até então a mais rápida ação contra a malária, já não reagia com a mesma intensidade contra a infecção.
O artigo informava que cientistas do Mahidol Oxford Tropical Medicine Research sugeriam mais dois medicamentos (terapias combinadas à base de artemisinina) com um segundo medicamento que permanece no sangue para combater os parasitas da malária durante mais tempo.As triplas terapias combinadas com artemisinina (TACT, na sigla em inglês) substituiriam as drogas anteriormente usadas que não mais respondiam, com o fracasso dos ACT convencionais.
É claro que diante das preocupantes evidencias seria um tolo se não fizesse o que era possível para me prevenir. Mesmo sabendo que não havia garantia total de prevenção.
Usei a cloroquina conforme indicado pelo médico. Nas viagens que fiz ao Amazonas, tomei de novo a medicação sob orientação medica. Não sei se foi por conta da cloroquina que não contrai malária! Na duvida acho que ela contribuiu, mas vi o sofrimento de quem contraiu e posso afirmar que seria capaz de tomar altas doses de cloroquina para não passar por aquilo.

Adriano de Aquino

Artista visual. Participou da exposição Opinião 65 MAM/RJ. Propostas 66 São Paulo, sala especial "Em Busca da Essência" Bienal de São Paulo e diversas exposições individuais no Brasil e no exterior. Foi diretor dos Museus da FUNARJ, Secretário de Estado de Cultura do Rio de Janeiro, diretor do Instituto Nacional de Artes Plásticas /FUNARTE e outras atividades de gestão pública em política cultural.

Artista visual. Participou da exposição Opinião 65 MAM/RJ. Propostas 66 São Paulo, sala especial "Em Busca da Essência" Bienal de São Paulo e diversas exposições individuais no Brasil e no exterior. Foi diretor dos Museus da FUNARJ, Secretário de Estado de Cultura do Rio de Janeiro, diretor do Instituto Nacional de Artes Plásticas /FUNARTE e outras atividades de gestão pública em política cultural.

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