18 de abril de 2024
Adriano de Aquino Colunistas

Freud e a Argentina

Em 2016, me enviaram artigo de um site para ‘fãs’ da psicanálise com o título: “A Argentina é o país com a maior concentração de psicanalistas do mundo”.

Não sou fã de coisa alguma mas, na ocasião compartilhei a postagem com amigos por revelar aspectos interessantes da cultura argentina.

No inicio do artigo fica-se sabendo que: “Palermo, charmoso bairro de Buenos Aires, tem a peculiaridade de ser um local no qual Sigmund Freud se faz presente no imaginário das pessoas.

Segundo a jornalista Délis Ortiz, “a Praça Güemes vive uma eterna crise de identidade: nasceu general Guemes; foi batizada como Santa Guadalupe; mas é conhecida como Praça Freud.

É o que o pai da psicanálise chamaria de conflito entre repressão, religião e paixão”.

Este local é considerado hoje uma das maiores concentrações de consultórios de psiquiatria, psicologia e psicanálise de Buenos Aires.

Ao redor da praça já existiu restaurante Freud, café Sigi, de Sigmund Freud, e até mesmo, há algum tempo, tentaram trocar o nome da rua Medrano por rua Freud.

O local chamou a atenção da imprensa mundial e acabou sendo objeto de um artigo no Wall Street e um documentário da TV Canadense que explorou as relações entre tango e psicoterapia.”

Ainda que pareça hipotetica, a relação entre tango, alma portenha e a psicanalise.converge para uma cultura admirável que,ainda que não analise a crise argentina,tem um viés politico que traz à tona aspectos da vida nacional.

A radical,enérgica e inflexível decisão do atual governo argentino de impor a mais longa quarentena do mundo, manter seus acordos com os sindicatos e não ceder à negociações salariais patrões/empregados pode não resultar em sucesso no combate à pandemia,mas,sem dúvida, abriu as torneiras de mais uma crise econômica que adiciona sofrimento íntimo ao cidadão argentino diante de uma realidade mais ‘complexa’ que – dia dia- exige mais sacrifícios aos sobreviventes ou daqueles que conseguirão ultrapassar as dificuldades conjunturais da Covid 19.

Certamente não resultará em um belo tango!

Como um país, com o maior contingente de psicanalistas do mundo,ajudará a reverter tanto desespero e sofrimento?
Adriano de Aquino

Artista visual. Participou da exposição Opinião 65 MAM/RJ. Propostas 66 São Paulo, sala especial "Em Busca da Essência" Bienal de São Paulo e diversas exposições individuais no Brasil e no exterior. Foi diretor dos Museus da FUNARJ, Secretário de Estado de Cultura do Rio de Janeiro, diretor do Instituto Nacional de Artes Plásticas /FUNARTE e outras atividades de gestão pública em política cultural.

Artista visual. Participou da exposição Opinião 65 MAM/RJ. Propostas 66 São Paulo, sala especial "Em Busca da Essência" Bienal de São Paulo e diversas exposições individuais no Brasil e no exterior. Foi diretor dos Museus da FUNARJ, Secretário de Estado de Cultura do Rio de Janeiro, diretor do Instituto Nacional de Artes Plásticas /FUNARTE e outras atividades de gestão pública em política cultural.

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